Conglomerados humanos poderiam se constituir em amostras estatísticas válidas na concepção de modelos matemáticos multi-variados com objetivo de prever a dinâmica social no futuro? Bem... Caso mantivéssemos constantes algumas variáveis tais como, pressões sociais recorrentes, guerras, epidemias e avanços tecnólogicos, sim... Seria possível! O entendimento acima foi pensando e aplicado pelos primeiros pensadores de uma de ciência que uniu a Psicologia com a História, gerando um ramo científico avançado chamado de "Psico-História". Em suas bases esse ramo ocupou-se em aplicar modelos matemáticos complexos utilizando-se o comportamento não de um indivíduo apenas (uma vez que o comportamento individual seria sobremaneira instável), mas sobre toda a humanidade utilizando-se um longo e vasto período.
A premissa central da Psico-História considera que uma amostra gigantesca de populações humanas ao longo de um período gigantesco de tempo, permite prever, com um alto índice de acerto probabilístico, os ciclos históricos futuros pelos quais a humanidade passará. Tal raciocínio estaria respaldado, por exemplo, através de uma simples observação dos ciclos de ascenção e queda pelos quais a humanidade passou ao longo de sua existência como espécie em nosso planeta.
Sobre o conceito acima Isaac Asimov escreveu uma incrível epopeia cósmica chamada "A Saga da Fundação". Concebida de 1942 à 1953 a chamada Trilogia Fundação traz os três livros centrais da história: "Fundação", "Fundação e Império" e "Segunda Fundação". Após mais de trinta anos Asimov resolveu atender à pedidos de editores e fãs e resolveu escrever continuações para sua trilogia, lançando então os livros "Limites da Fundação", "Fundação e Terra", "Prelúdio à Fundação" e "Origens da Fundação". Com raízes diretas na literatura "pulp" a Saga da Fundação constitui-se em um excelente exemplo do ramo da literatura de ficção conhecido como "Space Opera". Caracterizada como uma novela que se passa no espaço profundo, que envolve cenários grandiosos, personagens que atuam em um amplo espectro de tempo, além de ação e tramas envolventes, a "Space Opera" é (pelo menos para mim) a quintessência da Ficção Científica.
Asimov buscou inspiração em uma reflexão científica profunda e se cercou de elementos presentes na clássica obra "A História do Declínio e Queda do Império Romano" de Edward Gibbon, além de utilizar ideias polêmicas como por exemplo o conceito do "Destino Manifesto", ou seja, a ideia de que o expansionismo de um determinado povo se dá por intervenção divina, o que o coloca como povo escolhido. Ideia muito utilizada, por exemplo, pelo povo norte-americano, ao que ficou conhecido como "Destino Manifesto Americano". Em "FUNDAÇÃO", livro que abre essa matéria, encontramos o personagem mais importante da saga, o psico-historiador Hari Seldon concretizando seus passos finais para implementação de seu plano para salvar da derrocada o incrível império humano Galáctico, cuja capital é o Glorioso Mundo de Trantor.
Apresentarei, em postagens futuras, diversas formas de se ler a Saga da Fundação, porém sem dúvida nenhuma o livro "FUNDAÇÃO" é a melhor porta de entrada. Nele o leitor acompanhará o embrião da Fundação sendo lançado na periferia da galáxia (Via-Láctea) na esperança de salvar o império humano do caos à principio compreendido apenas por Seldon e seus psico-historiadores. No Brasil, a Editora Aleph, que já vinha nos brindando com clássicos da ficção científica, lançou recentemente praticamente todos os livros da Saga da Fundação, faltando apenas o último (Origens da Fundação), que espero em breve chegar às livrarias. O interessado pode comprar os três livros iniciais da saga em conjunto, no que a Editora chamou de Box Trilogia da Fundação.
A Saga da Fundação de Isaac Asimov lançou as bases para o que viríamos a conhecer como ficção moderna. Diversos elementos encontrados em histórias de ficção e fantasia que vieram depois (Star Trek, Star Wars) foram retirados desta incrível saga de Asimov. Em 1966 "A Saga da Fundação" recebeu o Prêmio "Hugo Award" Especial como melhor Série de Ficção Científica e Fantasia de todos os tempos, derrotando competidores importantes, tais como "O Senhor dos Anéis" de J.R.R. Tolkien e "John Carter de Marte" de Edward Rice Burroughs. Como a Saga cobre um período enorme de tempo, no final de sua vida Isaac Asimov resolveu integrar todos os seus livros de ficção científica ao mesmo Universo em que se passa a Saga da Fundação, conferindo assim coesão à todo o universo ficcional criado por ele.
Sobre o conceito acima Isaac Asimov escreveu uma incrível epopeia cósmica chamada "A Saga da Fundação". Concebida de 1942 à 1953 a chamada Trilogia Fundação traz os três livros centrais da história: "Fundação", "Fundação e Império" e "Segunda Fundação". Após mais de trinta anos Asimov resolveu atender à pedidos de editores e fãs e resolveu escrever continuações para sua trilogia, lançando então os livros "Limites da Fundação", "Fundação e Terra", "Prelúdio à Fundação" e "Origens da Fundação". Com raízes diretas na literatura "pulp" a Saga da Fundação constitui-se em um excelente exemplo do ramo da literatura de ficção conhecido como "Space Opera". Caracterizada como uma novela que se passa no espaço profundo, que envolve cenários grandiosos, personagens que atuam em um amplo espectro de tempo, além de ação e tramas envolventes, a "Space Opera" é (pelo menos para mim) a quintessência da Ficção Científica.
Asimov buscou inspiração em uma reflexão científica profunda e se cercou de elementos presentes na clássica obra "A História do Declínio e Queda do Império Romano" de Edward Gibbon, além de utilizar ideias polêmicas como por exemplo o conceito do "Destino Manifesto", ou seja, a ideia de que o expansionismo de um determinado povo se dá por intervenção divina, o que o coloca como povo escolhido. Ideia muito utilizada, por exemplo, pelo povo norte-americano, ao que ficou conhecido como "Destino Manifesto Americano". Em "FUNDAÇÃO", livro que abre essa matéria, encontramos o personagem mais importante da saga, o psico-historiador Hari Seldon concretizando seus passos finais para implementação de seu plano para salvar da derrocada o incrível império humano Galáctico, cuja capital é o Glorioso Mundo de Trantor.
Hari Seldon |
Apresentarei, em postagens futuras, diversas formas de se ler a Saga da Fundação, porém sem dúvida nenhuma o livro "FUNDAÇÃO" é a melhor porta de entrada. Nele o leitor acompanhará o embrião da Fundação sendo lançado na periferia da galáxia (Via-Láctea) na esperança de salvar o império humano do caos à principio compreendido apenas por Seldon e seus psico-historiadores. No Brasil, a Editora Aleph, que já vinha nos brindando com clássicos da ficção científica, lançou recentemente praticamente todos os livros da Saga da Fundação, faltando apenas o último (Origens da Fundação), que espero em breve chegar às livrarias. O interessado pode comprar os três livros iniciais da saga em conjunto, no que a Editora chamou de Box Trilogia da Fundação.
A Saga da Fundação é, sem dúvida, um marco que todos amantes da literatura de ficção e fantasia deveriam conhecer. O fã logo entenderá do que falo ao iniciar a leitura com as descrições do ambiente da saga. Em breve postarei aqui resenhas (sem spoilres, prometo) dos outros livros.
Grande Abraço!
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