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domingo, 2 de julho de 2023

Pílula Gráfica #28: Ken Parker #4 - (2021)





A Coleção Ken Parker da Editora Mythos é talvez uma das melhores coleções de quadrinhos sendo publicadas atualmente. A saga do personagem é um retrato vívido e real do Oeste Americano. Suas tensões raciais, política, injustiças... Se você está ouvindo falar pela primeira vez de Ken Parker, decididamente você deveria conhece-lo. A atual coleção da Mythos é a melhor opção depois de anos de publicações descontinuadas com as histórias do personagem. No momento em que escrevo estas palavras, a coleção já se encontra em seu volume 13. Nesta postagem gostaria de comentar o volume 4, no qual finalmente temos a conclusão da caçada que Ken Parker empreende contra o mercenário Donald Welsh, assassino do homem que poderia ter impedido uma guerra sangrenta entre brancos e índios, Ely Donehogawa, assassinado na história Homicídio em Whashington (vol. 02). O que seria apenas uma caçada por um homem desprezível, transforma-se em algo muito maior nas mãos de Giancarlo Berardi. O volume 4, assim como os demais volumes traz duas histórias completas. Na primeira delas (Sob o Sol do México) Ken caça sua nêmese até os territórios mexicanos e, durante a viagem conhece personagens que emolduram adequadamente a vida real. A prostitua adolescente agenciada e explorada pelo tio, um casal de saltimbancos (Carmem e Roman) que possuem ideais revolucionários. Histórias tragicômicas que tangenciam o caminho de Ken Parker. Embora se esforce muito, Donald Welsh escapa, forçando Ken Parker a continuar sua caçada em São Francisco. Ali começa a 2ª história (Golpe em São Francisco). Um relato no qual Berardi sequer mostra o protagonista (Ken Parker) nas primeiras 40 páginas da história. Na verdade o roteirista usa esse tempo para desenvolver a personalidade do facínora Welsh, e introduzir personagens de apoio extremamente interessantes, a golpista Donna Ashford e o dentista Jack Boots. O leitor por um pequeno momento se vê simpatizando com o vilão ao ser construídas novas camadas dramáticas a ele. Entretanto, Berardi é perfeito nesse aprofundamento, pois não alivia em nada os métodos cruéis de Welsh. Ken Parker será, sem dúvida, um destaque entre minhas leituras de 2023! 


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