Olá amigos... Como faço tradicionalmente todo fim de ano, trarei nesta matéria as HQs que li e que foram destaques para mim em 2018. O post dirige-se às HQs que li, e não necessariamente àquelas lançadas este ano. Sendo assim, você encontrará algumas obras lançadas já há algum tempo, enquanto que outras realmente tiveram sua estréia no mercado brasileiro em 2018. A ordem em que as HQs aparecem abaixo obedecem minha ordem cronológica de leitura. Vamos lá?
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Dezembro de 2016 |
Lí
Guerras Secretas (Ed. Especial da Panini) em janeiro de 2018. Há muito esta obra estava em meu radar. Não apenas por ser extremamente recomendada pelos leitores, mas porque estabeleceu um padrão quanto às grande sagas envolvendo super-seres ao ser lançada em 1984 nos EUA. A história é realmente cativante. Tanto que fiz uma matéria especial sobre ela no início deste ano. Quem quiser ler mais a respeito dela
Clique Aqui para ser direcionado.
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Outubro de 2017 |
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Outubro de 2017 |
O criador de Thanos (Jim Starling) foi catapultado ao estrelato quadrinístico na década de 70 ao conceber uma verdadeira Epopeia Cósmica envolvendo o estranho, enigmático e cativante herói
Warlock. O personagem é um misto de
Messias e
Super-Herói e teve seu destino entrelaçado ao de Thanos a partir desta Saga que saiu pela editora Salvat dentro da
Coleção de Graphic Novels (apelidada de Coleção Salvat Capa Preta). A história é fantástica e traz toda psicodelia e misticismo dos anos 70. Recomendo fortemente sua leitura e aproveito e dou uma importante dica: leiam antes destes dois encadernados o encadernado de Nº 44 da Coleção (também da Salvat)
Os Heróis Mais Poderosos da Marvel (apelidada de Coleção Salvat Capa Vermelha). Neste outro encadernado temos os eventos que antecedem a história apresentada nestes dois acima. Você terá uma excelente experiência de leitura ao realiza-la nesta ordem que proponho.
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Abril de 2018 |
Lançada em Abril de 2018 "Fruto Estranho" traz um "conto", ou talvez uma "fábula de realismo fantástico" pelas mãos do aclamado roteirista Mark Waid. A história se passa dentro do micro-cosmo racista e impiedoso que foi (e talvez ainda seja) o sul dos EUA, aqui mais especificamente os anos 20. À beira de enfrentar uma enchente avassaladora, uma pequena comunidade se une para tentar conte-la. Ânimos aflorados e traumas escondidos vem à tona durante esta crise na forma de um profundo e violento racismo. A obra conta com uma arte estupenda de J.G. Jones. Há muito tempo que não me surpreendia tanto com uma arte como esta. Tive vontade de não virar as páginas, pois eu ficava com a sensação de não ter absorvido tudo que suas aquarelas mostravam. O nome "Fruto Estranho" vem do fato de que no sul dos EUA, era comum negros serem enforcados e ficarem durante dias pendurados nas árvores como se fossem estranhos frutos. Mark Waid não deixa, no entanto de trazer o elemento super-heróico para o quadrinho e o leitor terminará a leitura com a sensação de que, infelizmente, mesmo o super-heroísmo às vezes não é páreo para a maldade que reside no coração do homem. O prefácio é excelente e situa a obra dentro de uma trilogia temática escrita por Waid, dentro da qual a HQ "
Imperdoável" seria a primeira.
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Fevereiro de 2018 |
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Setembro de 2018 |
O roteirista Tom King, ao lado de Jeff Lemire, tem sido a grande descoberta do mundo dos quadrinhos com histórias originais sintonizadas com o
Zeitgeist de nosso tempo. Estes dois encadernados trazem uma leitura extremamente filosófica e cativante sobre o Vingador Sintozóide conhecido como Visão. Questões acerca do que nos define como seres humanos e sobre a natureza do "amor" permeiam toda história. A narrativa é extremamente atual, trazendo problemas como violência nas escolas, racismo, vida em família... sem deixar de lado o fato de que é um quadrinho de Super-herói. Ou seja, o leitor não se sentirá ludibriado ao comprar a HQ. Tom King (como ex-agente da CIA) sabe delinear uma história conduzindo o leitor para um suspense crescente. Excelente material!
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Abril de 2018 |
Em 1667 o poeta e intelectual John Milton lançou Paraíso Perdido. A obra conta os acontecimentos que levaram Lúcifer à cair em desgraça, bem como os primeiros dias do homem (Adão) e sua queda. Extremamente popular entre os intelectuais e acadêmicos, Paraíso Perdido não chegou e ser uma obra totalmente popularizada em função (acredito eu) da forma escolhida por Milton para narra-la, a Poesia. Neste álbum maravilhoso (lançado pela Editora Darkside) este ano, o espanhol Pablo Auladell adaptou a obra para os quadrinhos. Mas fez mais que isso, conseguiu adaptar a história sem perder o elemento poético sobre o qual Milton a baseou. Parte desta façanha está na forma com que Pablo resolveu apresenta-la, ou seja, por meio de desenhos de xilogravuras e longas sequencias sem diálogo. Tudo leva o leitor à uma sensação de sacralidade, silêncio, poder, grandeza e fatalismo. Eu mais que recomendo sua leitura e convido o leitor a lê-la sob a perspectiva do épico, do sagrado e da introspecção. Um dos grande pontos altos para mim é o diálogo entre o Anjo Rafael e Adão, que procura entender os motivos de Satã ter optado por tão terrível destino. A participação de Jesus (como filho de Deus antes de sua encarnação) é incrível também. Bem como sua performance em combate contra as hordas de Lúcifer. Sobre esta obra
gravei até um vídeo este ano.
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Maio de 2018 |
A Arte de Voar foi uma das grandes e gratas surpresas de 2018. Ao melhor estilo de
Maus e o
Árabe do Futuro, a obra conta a história do Sr. Antonio Altarriba ao longo do Século XX. Quem narra a história é o filho homônimo do Sr. Antonio. Sensível, cru, poético, visceral e sem concessões, a história do Sr. Antonio inicia-se quando criança na Espanha passando por eventos que moldaram a humanidade, a Guerra Civil Espanhola, a 2ª Guerra Mundial entre outros. Mas o mais importante de tudo é que o leitor torna-se amigo do personagem. A vida jogou duro com Antonio Altarriba, e toda sua experiência nos comove e nos mobiliza a pensar sobre o significado das coisas que vivemos. A história termina com o Sr. Antonio em um asilo já com 90 anos e é lá que o leitor descobrirá o significado do título "A Arte de Voar". A obra tem estatura para ser comparado à
MAUS e isso não é pouca coisa!!
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Abril de 2018 |
Se você leu a matéria até aqui, então já deve suspeitar que este encadernado é praticamente a sequência dos eventos narrados nos dois encadernados do Warlock que recomendo mais acima. Este volume da Panini apresenta duas minisséries na verdade. A Busca de Thanos (The Thanos Quest) de 1990 e Desafio Infinito (The Infinity Gauntlet) de 1991. As duas são muito boas e trazem a história que serviu de inspiração para Vingadores 4 - Guerra Infinita. Vale a pena ler e é sem sombra de dúvidas material obrigatório dentro da epopeia cósmica que envolve Thanos e Warlock.
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Maio de 2018 |
A Editora Mythos simplesmente deu uma arrancada em 2018 com seus encadernados de luxo e com o lançamento de diversos personagens da Editora Italiana Bonelli. Nathan Never é um destes personagens que está saindo lentamente por aqui por meio de encadernados menores e sem periodicidade fixa. O que me chamou a atenção no personagem é sua inspiração: a estética Noir e de ficção científica estilo Blade Runner. No 1º encadernado "Os Olhos de Um Estranho", toda esta estética é apresentada. A atmosfera solitária, o clima quase sempre chuvoso e melancólico, a falta de esperança dos personagens... Tudo isso misturado dando uma atmosfera sutilmente filosófica à narrativa. Ficção de primeira que mostra um futuro que para nós (em pleno ano de 2018) já envelheceu, pois as histórias de Nathan Nerver foram concebidas sobretudo nos anos 90. Justamente por ser um futuro diferente daquele que imaginamos hoje, somos ainda mais assolados pelo clima melancólico e triste. Excelente material!!
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Maio de 2010 |
Homem de Ferro - A Guerra das Armaduras foi uma leitura despretensiosa e com muito entretenimento. A títpica HQ que o fã de quadrinhos adora pelo tempo que passa lendo esquecendo as preocupações da vida. A função de entreter é um dos grandes objetivos da 9ª Arte, e esta prerrogativa pode ser cumprida sem necessariamente estar atrelada à enredos complicados e cheios de buracos. Aliás, muitos roteiristas se perderam em seus trabalhos ao quererem deixar suas obras interessantes servindo-se da ideia de que quanto mais complicado melhor.
Homem de Ferro - A Guerra das Armaduras figura entre meus destaques de 2018 porque foi uma HQ que me fez desligar completamente do mundo à minha volta. Uma história ao melhor estilo das boas histórias da Marvel dos anos 80, tanto que escrevi até uma matéria sobre esta obra. Para lê-la
clique aqui!
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Maio de 2018 |
Lí
Imperdoável de Mark Waid quando a Editora Devir o lançou pela primeira vez no Brasil em Agosto de 2013. Gostei tanto desta HQ que na época (2013) fiz uma
matéria a respeito. Infelizmente a Devir não publicou a continuação, o que me deixou extremamente frustrado. Em 2018, no entanto a editora retomou este projeto, lançando não apenas o encadernado inicial novamente (acima), mas publicando recentemente (dezembro de 2018) a continuação,
Imperdoável - O Lugar Mais Seguro da Terra. Por conta de tudo isso reli o 1º encadernado. A história continua com todo poder e impacto que senti há 5 anos atrás. Simplesmente um trabalho inspirado de Waid que fez uma releitura primorosa do mito do
Superman. Destaque total!
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Maio de 2018 |
Citei Jeff Lemire acima como sendo um novo expoente da 9ª Arte. E
Black Hammer, uma das suas obras lançadas no Brasil em 2018 comprova isso. Lançada pelo selo de quadrinhos da Editora Intrínseca, a obra conta o melancólico destino de um grupo de super-heróis que salvou a Terra no passado por meio do sacrifício máximo, ou seja, abrindo mão da própria liberdade. Desde então, o grupo vive aprisionado em um local, aparentemente uma fazenda próxima à uma pequena e pacata cidade. A narrativa lembra muito as obras de realismo fantástico do Alemão Michael Ende, autor de livros como
A História Sem Fim,
O Teatro de Sombras de Ofélia,
O Espelho no Espelho. A premissa é de pessoas dissociadas do tempo duracional (aquele em que todos nós vivemos e que expressa eventos em sequencia). A perspectva de vida fora do tempo duracional é assustadora, pois nos coloca dentro da perspectiva do eterno. Recentemente a Intrínseca publicou a sequencia da história,
Black Hammer - O Evento.
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Agosto de 2018 |
O nome Jack Kirby está associado à alcunha máxima de "Rei". E ele foi mesmo Rei dos Quadrinhos. Kirby viu nascer o fenômeno dos quadrinhos em plena Era de Ouro dos Super-heróis (1938 - 1956). Suas criações permearam o mundo ficcional e seu grande parceiro, Stan Lee, nos deixou recentemente.
Etrigan é um dos inúmeros personagens criados por Kirby. Talvez o mais enigmático, pois trata-se de um Demônio. Um personagem que, apesar da origem e natureza obscura, traz o contraditório dentro de si, pois luta pela humanidade. Criado nos anos 70,
Etrigan subverte o gênero no qual se insere ao trazer consigo o conflito de um ente demoníaco que acaba sendo reprogramado. O Hellboy de Mike Mignola seguiria pelo mesmo caminho no futuro. Acontece que muitos fãs da DC já tinham lido histórias de outros autores com a participação de
Etrigan, no entanto nunca suas histórias primordiais, escritas pelo seu próprio criador, haviam sido publicadas desta forma em solo brasileiro, ou seja, respeitando a cronologia do personagem. A Panini lançou esta fase Kirbyana do Demônio
Etrigan em dois encadernados dentro de seu selo
Lendas do Universo DC. Um registro fantástico das histórias originais deste soturno personagem do Rei Kitby.
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Dezembro de 2017 |
Sempre senti falta na Marvel de uma bússola moral da envergadura do
Superman da DC. Embora o
Capitão América possua parte desta evocação mítica,
Superman literalmente demonstra ser o deus que resolveu viver pelas nossas regras e sofrer o que o homem comum sofre. Isso, aliado ao seu incrível poder, fez dele uma Bússola Moral para todo o universo ficcional ao qual eles está inserido. Mas e se a Marvel tivesse herói semelhante? Pois é a esta pergunta que o roteirista Paul Jenkins consegue responder de forma excelente neste encadernado lançado dentro da
Coleção Capa Vermelha da Salvat. Li de forma despretensiosa esta HQ, e fui surpreendido por uma avassaladora enxurrada de sentimentos e reflexões permeando os principais personagens da editora. Minha satisfação foi tal que rendeu uma matéria exclusiva sobre esta material. Para lê-la
clique aqui.
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Setembro de 2007 |
Supremo foi um personagem genérico criado em meio ao Tsunami de personagens inexpressivos que invadiram os quadrinhos na década de 90. E teria passado para o limbo do esquecimento caso um certo Alan Moore não tivesse escrito a brilhante quadrilogia Supremo 1)
A Era de Ouro, 2)
A Era de Prata, 3)
A Era de Bronze, 4) A Era Moderna. Moore usa do personagem para apresentar em 4 encadernados as principais características de cada uma das Eras dos Quadrinhos. Eu já havia lido
Supremo - A Era de Prata em 2015 e, por um erro na minha pilha de leitura, acabei relendo a obra em 2018. É incrível como ela continua fantástica. Se você é um fã de quadrinhos, com certeza precisa conhecer esta quadrilogia. Posso dizer sem medo de errar que Alan Moore escreve um tratado acerca das Eras dos
Comics usando o personagem
Supremo. As histórias são inteligentes e cheias de reflexões acerca do que é a "realidade". Tudo isso usando o
Non-Sense tão característico das HQs da Era de Prata. Este encadernado valeu na época uma matéria aqui no Blog (
clique aqui).
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Maio de 2018 |
A
Editora Pipoca e Nanquim surgiu há cerca de dois anos a partir do Canal homônimo no Youtube. Desde seu nascimento as obras lançadas pela editora primam pela excelência no acebamento gráfico e editoração. Outro ponto da editora é lançar obras de fã para fã, ou seja, que sejam obras com verdadeiro impacto de qualidade.
Um Pedaço de Madeira e Aço foi lançado neste perspectiva. A obra do francês Chabouté é uma HQ sem diálogos e que claramente possui como foco principal discutir o comportamento humano sob a perspectiva de alguém fora da esfera humana. Para conseguir esse efeito o autor coloca como personagem principal um banco de praça. Com isso o leitor é levado a refletir sobre nossas idiossincrasias, angustias, mesquinharias, belezas e relacionamentos. Acabamos por nos sentir no lugar do banco da praça, e com isso conseguimos nos afastar dos nossos julgamentos tão entranhados e rápidos. É desta forma que o autor consegue apresentar uma representação peculiar sobre nós mesmos.
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Agosto de 2018 |
John Byrne é um mito dentro dos quadrinhos dos anos 70/80. Sua passagem pelo Quarteto Fantástico e X-Men na Marvel, e pelo
Superman na DC, lhe valeram um lugar eterno no coração dos fãs. Seu traço característico fez escola para uma grande parcela de desenhistas. A Tropa Alfa foi um grupo canadense criado pelo próprio Byrne em seu auge durante sua parceria com Chris Claremont nos X-Men. Havia lido algumas histórias do grupo nos anos 80 durante minha adolescência e me lembro de ter me encantado com aquele grupo tão interessante. Deparar-me com este encadernado dentro da
Coleção Salvat de Capa Vermelha foi uma grande alegria. A Tropa Alfa de Byrne é realmente algo maravilhoso. A dinâmica entre os personagens e a riqueza dramática de cada um é algo incrível. Só tenho uma crítica, o encadernado traz apenas as histórias da Revista
Alfha Flight de 01 à 06 (revista criada para Byrne desenvolver suas ideias com o grupo). Isso quer dizer que o leitor termina o encadernado literalmente pedindo para que ele não acabe. Byrne ficaria à frente de
Alfa Flight até o Nº 28. Isso quer dizer que o encadernado dá apenas um "gostinho" do grupo. Todos deveriam conhecer este material para pedi-lo à Panini.
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Dezembro de 2018 |
A CCXP é uma excelente oportunidade para muitas coisas. Uma delas é passear pelos
Stands da Galeria dos Artistas (Artists Alley) que, nesta edição de 2018 estava gigante. Como um garimpeiro procurando por pérolas me deparei com esta HQ Nacional recém-lançada por 3 autores nacionais. A temática da história me fisgou na hora: um professor universitário (Alex) que frustrado com o rumo das coisas no Brasil, e não suportando mais a pressão, decide largar tudo e transformar-se em um Andarilho. Nesta jornada, ele entrará em contato com um mundo místico brasileiro sobre o qual mal sabia que existia. Alex baterá de frente com um sistema político corrupto ao mesmo tempo que descobrirá o sentido da realidade. O destaque da HQ, além da própria história, é a arte que é simplesmente excelente, lembrando as aquarelas de Monet, o que acentua a temática onírica ao qual Alex está inserido. Só pela arte já vale a pena a obra, mas ela é muito mais ao desvendar para o leitor brasileiro o poder de nossa Terra e de suas origens místicas.
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Junho de 2018 |
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Junho de 2018 |
Uma pérola preciosa que encontrei na CCXP foi os dois livros da amiga
Talessa Kuguimiya. Desenhista e roteirista com uma sensibilidade acima da média, e dona de um traço eclético que transcende a página, Talessa é verdadeiramente um expoente no quadrinho nacional. Os dois livros acima da série Minski podem ser categorizados para um leitor desavisado como livros infantis, mas na verdade são muito mais pois escondem elementos fantásticos nas entrelinhas. A começar pela magia... Minski é uma pequena menina criada acidentalmente por uma bruxa da floresta. A poesia transborda das páginas e a forma como os livros foram diagramados permitem uma fluidez no acompanhamento da narrativa que eu nunca tinha visto antes. Achei sensacional. Mas uma das grandes surpresas são os
QRs Codes que aparecem nas páginas do livro. Ao acessa-los pelo celular o leitor é direcionado à vídeos musicais no Youtube sobre a Minski. Assistir os vídeos, ouvir a música de fundo e ler o livro ao mesmo tempo é uma experiência que transcende nossa experiência de leitura, permitindo que nossa alma verdadeiramente se eleve. Minski é simplesmente sensacional!
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Janeiro de 2009 |
Como mencionei acima ao escrever sobre o encadernado da Tropa Alfa, terminei sua leitura frustrado ao perceber que o volume trazia um material excelente, porém apenas até o Nº 06 da Revista
Alfha Flight, enquanto John Byrne havia encabeçado a publicação até o Nº 28. Vasculhando na minha estante eu sabia que tinha os dois encadernados da antiga coleção da Panini "Os Maiores Clássicos..." da Tropa Alfa. Percebi que o vol. 01 trazia exatamente o mesmo material do encadernado da Salvat, porém o segundo (capa acima) trazia
Alfha Flight de 07 à 12 (continuação direta do encadernado da Capa Vermelha da Salvat!!). Nem preciso dizer que iniciei a leitura imediatamente. Um verdadeiro show de John Byrne. Assim, se você tiver acesso a este encadernado acima, leia-o na sequencia do encadernado de capa vermelha.
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Dezembro de 2018 |
Finalmente a Editora Devir lançou a tão esperada (por mim pelo menos) continuação de
Imperdoável de
Mark Waid (também destaque acima). Nesta continuação (Imperdoável - O Lugar Mais Seguro da Terra) a história que já havia me cativado é elevada à um patamar ainda mais eletrizante e visceral. Tony (O Plutoniano), versão alternativa do
Superman, desce ainda mais na sua escalada de loucura. Na verdade, Waid faz um excelente estudo da psique humana frente à falta de amor e reconhecimento. Até onde um mundo cheio de superficialidades e falta de amor nos afeta? O encadernado possui um ritmo excelente de leitura, e a inserção de
flashbacks dos personagens nos faz pensar que, no final, ninguém é inocente. Mesmo aqueles que pareciam "amigos" possuem sua parcela de culpa ao vilipendiar aquele que só queria ser aceito pela humanidade. Destaque total! Uma HQ que você precisa conhecer!!
Li muito mais HQs em 2018 obviamente, mas estes são meus destaques. Obras que recomendo partindo do princípio de terem me tocado profundamente, seja apenas como entretenimento ou algo mais transcendente. É isso aí amigos! E você? Quais são os seus destaques de 2018?
Ótima retrospectiva. E, como sempre, com seu ótimo texto.
ResponderExcluirConfesso que ando meio afastado dos títulos de heróis. Mas o encadernado do Thanos tem cheiro de nostalgia. Tenho edições especial da Abril ainda comigo, inclusive as revistas que foram reunidas nesta edição especial da Panini.
Abraços!
Olá amigo!! Quanto tempo!! Saudades de seus comentários! Aproveito para desejar-lhe um excelente 2019!
ExcluirThanos é totalmente nostalgia. Com certeza!
Forte abraço Kleiton!! Apareça!
Marcelo