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sexta-feira, 12 de março de 2021

Pílula Fílmica #14: Mandy - Sede de Vingança (2018)


Quanto mais Nicolas Cage se distancia de Nicolas Cage mais ele consegue chegar no que Nicolas Cage tem de melhor. Ficou confuso? Bem... O que quero dizer é que finalmente Nicolas Cage se tornou o "Motoqueiro Fantasma" que deveria ter sido nos filmes da Sony Pictures de 2007 e 2011. É interessante perceber como a produção independente ou fora do circuito dos grandes estúdios pode dar a necessária liberdade para uma história ser contada e um ator ser levado ao seu limite de interpretação. Mandy é um filme dirigido pelo Diretor Canadense Panos Cosmatos que situa Nicolas Cage (Red) e sua esposa Mandy (Andrea Riseborough) em pleno ano de 1983. Com uma atmosfera onírica e uma cenografia propositalmente oitentista, o filme consegue ser tudo ao mesmo tempo: sinistro, poético, místico, bizarro, inverossímil, realístico, ultra-violento... A história (sem spoiler) coloca Red em confronto direto com uma seita que aparentemente consegue invocar estranhos seres infernais que lembram diretamente o visual de Hellraiser - Renascido do Inferno, filme de 1987. Nicolas se solta como ator em uma espiral de loucura e vingança que o aproxima muito do conceito que deveria ter sido seguido no filme do personagem da Marvel, Motoqueiro Fantasma. Com uma simbologia arcana muito forte, o filme é cheio de lugares, expressões e signos que dão credibilidade à história, uma vez que o telespectador se sente tragado por um mundo a parte do mundo real mas que, ao mesmo tempo, está dentro do mundo real, nós apenas não percebemos sua existência. Cage consegue catalisar uma fúria insana e infernal. O espectador mais antigo ficará satisfeito por filmes assim ainda serem feitos. Filmes com a ousadia necessária para transpor o cotidiano e ordinário. Confesso que ao lado de Hereditário (2018), Mandy - Sede de Vingança é um filme para deixar sua marca na década.






8 comentários:

  1. Oi Fabiano...

    Acho que alguns atores conseguem se encontrar quando estão livres das amarras da grande indústria. Nicolas Cage passou a ser aquele ator canastrão em muitas produções. Mas quando consegue recuperar aquela "veia" inicial ele se sai bem. Os filmes que você citou são exemplos disso. Esse Beijo da Morte eu não conhecia. Vou atrás.

    Que bom que assistiu Cidade Invisível. Legal que sua opinião confere com a minha.

    Ah! Esse filme do Nicolas Cage "MANDY" pode ser visto na NetFlix. Entrou há algum tempo no catálogo.

    Abcs!

    Marcelo

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  2. Legal Fabiano! Vou procurar esse filme!

    Valeu pela dica!

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  3. Verdade... Nesse ponto você tem razão. Não foi muito explorado a nudez feminina como em geral ocorria nas produções dos anos 80 e até mesmo antes.

    Esse foi um aspecto que o diretor não homenageou.

    Gde. abraço!!

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  4. Nicolas Cage tem filmes ótimos como Despedida em Las Vegas, Coração Selvagem, Adaptação, Senhor das Armas, mas acho que ele é muito excêntrico e gasta muita grana tendo que fazer muitos filmes meio toscos pra bancar a vida doida dele kkkkkkk. Mandy pra mim ja é um clássico, tem muito simbolismo e bruxaria pesada kkkk.

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    Respostas
    1. Verdade. Cage é um ator cheio de altos e baixos... Penso que ele se sai melhor nessas produções independentes e com pouca relação com as grandes bilheterias.

      A homenagem do diretor aos anos 80 é realmente fantástica.

      Abcs!

      Marcelo

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  5. Este filme é fantástico! Quem não gosta de Cage bom sujeito não é!
    Con Air é um dos meus filmes preferidos de ação.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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