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domingo, 23 de novembro de 2014

A Saga Fundação - Parte VII: ORIGENS DA FUNDAÇÃO


Como um círculo perfeito que se fecha, Origens da Fundação traz os acontecimentos que ocorreram imediatamente antes do 1º livro da Saga da Fundação de Isaac Asimov, FUNDAÇÃO. Lançado em 1993, pouco depois de sua morte, Origens da Fundação é uma obra que conta todos os acontecimentos que ocorreram em paralelo ao desenvolvimento da ciência da psico-história, o grande legado do principal personagem da saga, o matemático Hari Seldon. Sensível, dramático e com diversas revelações, o livro é um excelente final para a Saga, supondo que ela tenha sido lida na ordem cronológica de lançamento. Nessa ordem o leitor terminará sua leitura com a morte de Hari Seldon, acontecimento não relatado no 1º livro, mas que ocorre após suas primeiras páginas.

Holograma de Hari Seldon dentro do cofre do tempo - Mensagens para o futuro distante

Muitas coisas são explicadas em Origens da Fundação, como por exemplo como Seldon percebeu e implementou a ideia de construir uma 2ª Fundação constituída de homens e mulheres com poderes mentais, os mentálicos. É revelado também o fim do grande amor de Seldon, Dors Venbili, bem como de seu único filho adotivo Raych Seldon. As últimas mensagens que Seldon gravou antes de sua morte com a ajuda de Gaal Dornick também são mostradas rapidamente. Mensagens que seriam lidas no futuro a intervalos distintos separados por décadas na Fundação recém-criada no planeta Terminus. Porém, mais que todos os acontecimentos reveladores do livro, o mais interessante é a descrição da lenta e progressiva chama que vai aos poucos se apagando dentro do coração do matemático. Embora, ele tenha lutado até o último minuto de sua vida para ver seu plano implantado, a consciência cada vez mais clara de seu fim vai carregando cada página do livro de uma sensação de finitude existencial.

Trantor - Planeta revestido por "domos" metálicos. Centro do Império e local de desenvolvimento da psico-história

A Saga da Fundação é, sem dúvida nenhuma, uma obra-prima que mostra o inexorável movimento da história humana impulsionada por forças sociais, econômicas, políticas e comportamentais. Além disso, fala da tentativa do homem de prever, com relativa certeza probabilística (base da psico-história), seu futuro. Uma ficção científica plausível simplesmente por levar em conta a habilidade e inventividade humana na medida certa. Antes de sua morte, Isaac Asimov unificou todo o universo de seus livros dentro do Universo de Fundação, tornando essa saga não apenas uma de suas principais obras, mas também fornecendo base cronológica para todas as outras.


A Saga da Fundação, com seus 07 livros, Fundação, Fundação e Império, Segunda Fundação, Limites da Fundação, Fundação e Terra, Prelúdio à Fundação e Origens da Fundação, constitui-se em uma extraordinária saga que fãs do mundo inteiro reconhecem como uma das grandes obras de Isaac Asimov. Agora podemos ter esperança de vê-la trazida para as telas nas mãos de Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan) pela HBO. Uma adaptação há muito sonhada por todos, para essa epopeia cósmica que em 1966 ganhou o prêmio Hugo de melhor saga de ficção e fantasia de todos os tempos, concorrendo inclusive com O Senhor dos Anéis de J.R. Tolkien.


Finalizando essa série de matérias sobre a Saga da Fundação, trarei em breve algumas dicas sobre a melhor sequencia para leitura para os livros.

Um grande abraço à todos!

4 comentários:

  1. Olá, Marcelo!

    Parabéns por mais uma matéria sobre a saga Fundação. Esta que é, certamente, uma das obras de ficção científica mais fascinantes da literatura mundial.
    A notícia da série produzida pela HBO me enche de satisfação e das melhores expectativas. Tem tudo pra ser uma mega produção. Bom material pra isso é o que não falta.
    Parabéns pelo texto e valeu por me levar junto nesta viagem Fantástica!

    Forte Abraço!

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    Respostas
    1. Valeu Moisa!!

      Fico feliz de ter um amigo que leu a Saga ao mesmo tempo que eu. Para mim é uma honra compartilhar com você minhas impressões sobre o livro. Ainda espero ter boas discussões com você sobre a Psico-História de Hari Seldon!!

      Baseando-se no bom nível das séries atuais, acho que pela primeira vez na história do cinema/TV temos a tecnologia para filmar essa Saga sem cometer erros.

      No mais vou esperar você terminar de ler "O Fim da Infância" para iniciarmos um novo debate!

      Grande Abraço!

      Marcelo.

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  2. Olá Marcelo, pra mim foi uma surpresa saber sobre essa série da HBO, isso é novidade pra mim! Fiquei empolgado. A saga Fundação é sem dúvida uma obra-prima da literatura, uma space opera incomum, que ao invés de usar e abusar de muitas espécies alienígenas, opta por extrair toda a riqueza e profundidade da raça humana, espalhada pela galáxia em dezenas de planetas diferentes. O brilhantismo assustador do personagem Hari Seldon (pura "previsão do futuro" só que sem métodos místicos) reflete a inteligência do próprio gênio incomparável que criou o roteiro, o grande mestre Asimov, que além de escritor foi um cientista excepcional. Parabéns pelas suas postagens sobre a série.

    Grande abraço!

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    Respostas
    1. Olá Raphael!

      Que legal achar mais alguém que conhece e gosta desta incrível SAGA!! Em geral as pessoas a desconhecem. Além de ser uma Obra-Prima, é também uma fonte inesgotável para novas histórias. Inclusive antes de morrer o próprio Asimov havia dito que a saga ainda comportava mais livros. A premissa da psico-história é fantástica.

      Como disse acima ao Moisa, essa notícia da possível série de Fundação é incrível mesmo. Acho que o cinema/TV está pronto, maduro e à altura de (pela 1ª vez) encarar essa série. Dando a ela o tratamento que merece.

      O ponto que você toca é sensacional mesmo. Ao invés de optar pelo apelo fácil de inserir monstros e raças alienígenas mirabolantes, Asimov encara o desafio de focar no HOMEM apenas. Tarefa difícil. Muitas séries de ficção científica usaram esse caminho porque no final acaba chamando mesmo mais mídia.

      Hari Seldon é para mim um exemplo. Um homem simples e brilhante. Um visionário. Fico pensando o quanto da Hari Seldon existia em Asimov. Conversando com o Moisa outro dia, estávamos pensando que as intrigas acadêmicas relatadas nos livros, entre os professores, devem ter sido vivenciadas na pelo próprio autor, já que ele mesmo era professore universitário.

      Valeu mesmo Raphael. Para mim uma grata e excelente surpresa compartilhar com mais alguém esse incrível universo!!

      Grande Abraço!!

      Marcelo.

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