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sábado, 11 de abril de 2020

Pílulas Fílmicas #7: Westworld (1973)


Provavelmente, a maioria das pessoas tem como grande referência do ator Yul Brynner seu papel no antológico filme 7 Homens e Um Destino de 1960 - The Magnificent Seven (na verdade uma adaptação de Os Sete Samurais de 1954 de Akira Kurosawa). Mas Yul Brynner é muito maior que seu Cowboy de 7 Homens e Um Destino. Exemplo disso é sua gélida, lacônica e assustadora intepretação do androide chamado Gunslinger em Westworld, filme de 1973 escrito e dirigido por ninguém menos que Michael Crichton (sim, ele mesmo, o famoso romancista e roteirista). Em Westworld está implícito o questionamento acerca do que é realmente a vida, o ser "humano" e o desejo de transcender esta situação. Yul Brynner traz toda sua força dramática nos momentos em que aparece e confere ao androide que interpreta uma humanidade que fica muito patente (apesar de sua violência), sobretudo nos momentos finais do filme ao começar a entender as maravilhas da natureza que lhe cerca e ao mesmo tempo lhe escapa (detalhe para a cena em que contempla a magia implícita no fogo que arde em uma tocha). Os seres humanos do filme são mostrados em toda sua glória estúpida e superficial, concentrando esta estupidez nos dois visitantes principais do grande parque de diversões chamado DELOS. Um parque com três grandes áreas temáticas que simulam o Velho Oeste, O Mundo Medieval e o Mundo Romano. Tudo infestado de autômatos criados simplesmente para satisfazer os desejos mais baixos de homens e mulheres. Aquele que gostou da Série Westworld do Canal HBO, deveria assistir ao seu conceito original em Westworld de 1973 que, embora datado, é tão bom quanto. E de "quebra" você ainda verá Yul Brynner revivendo, ainda que de forma diferente, seu grande papel como o violento e "sem destino" pistoleiro.

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