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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Festival Guia dos Quadrinhos 2018: Vertigo - Além do Llimiar e Novos Cards Guia dos Quadrinhos - 31 ao 40


No último mês de abril deste ano (2018), realizou-se mais uma edição do já tradicional Festival Guia dos Quadrinhos (FGDQ). Diferentemente de outras feiras Geeks que tem se espalhado pelo país, o FGDQ mantém as características das antigas feiras de Quadrinhos dos anos 80 e 90. O clima de camaradagem informal, bem como aquele caráter marginal (quase que de resistência) da mídia dos quadrinhos pode ser sentido e curtido no FGDQ. O evento marca a presença de uma geração de apaixonados pelos quadrinhos que procuram manter esse legado informal e de guerrilha tão tradicional dos quadrinhos. Características estas que foram sendo esquecidas em função da conversão das HQs em uma poderosa ferramenta midiática de mobilização comercial. O evento é organizado pelo Designer Gráfico Edson Diogo, editor do Site Guia dos Quadrinhos (o maior banco de dados de quadrinhos do Brasil, com 13 mil títulos cadastrados e mais de 100 mil edições) e reúne artistas divulgando seu trabalho, sebos, sessões de autógrafos, palestras, painéis e os tradicionais Cosplays. Na edição de 2017, o FGDQ trouxe o primeiro livro (Os Mundos de Jack Kirby) editado pelo site trazendo uma incrível homenagem ao Rei Jack Kirby.


Neste ano de 2018 a homenagem recaiu sobre o Selo Vertigo da DC que completa 25 anos de existência. O livro, Vertigo: Além do Limiar é um primor e traz 25 textos de vários autores (jornalistas, roteiristas, editores) acompanhados de 25 ilustrações de diversos desenhistas brasileiros sobre títulos que marcaram a existência do selo ao longo deste 1/4 de século. Além disso, ainda temos entrevistas com Jamie Delano, Peter Milligan e Karen Berger, a criadora do selo e editora de sucessos como Sandman e Monstro do Pântano. Mantendo a qualidade do primeiro lançamento, este novo encadernado tem capa dura, papel de excelente qualidade e é rico em imagens e informações. Séries que marcaram época estão presentes, desde as mais antigas como Monstro do Pântano, Sandman Hellblazer, até as mais recentes, como Fábulas, 100 Balas Escalpo.


A magnífica e enigmática capa ficou ao cargo do desenhista Will. Abaixo seguem alguns exemplos do grande cuidado com a obra.









O projeto foi financiado na Plataforma Catarse e haviam diversas opções de contribuições com seus respectivos pacotes de conteúdo. Particularmente eu escolhi contribuir escolhendo o pacote que incluía o livro + ingresso para os dois dias do evento + reserva dos 10 cards desta edição do FGDQ. Diversas figuras conhecidas do mercado nacional de quadrinhos contribuíram com os textos e desenhos da obra. Deem uma checada no quadro abaixo.


Tradicionalmente, o visitante do FGDQ, recebe em cada edição do evento um pacote com 10 cards representando capas de edições emblemáticas para a 9ª Arte Mundial, com uma breve explanação acerca da edição no verso do Card. Em 2017 fiz uma matéria (Coleção de Cards - Festival Guia dos Quadrinhos: Um Resgate Histórico!!) apresentando os cards que já haviam sido entregues e comentando um pouco sobre esta interessante iniciativa. Já foram disponibilizados cards nas seguintes edições do FGDQ: 2015 (10 Cards); 2016 (10 Cards); 2017 (10 Cards). Confira-os na matéria acima. Este ano, portanto, tivemos a continuidade desta incrível coleção que é praticamente um resgate histórico do que de melhor saiu nos quadrinhos mundiais. Confira abaixo os 10 Cards deste ano que, obviamente, trazem importantes edições da Vertigo.











É isso aí amigos! Um forte abraço à todos e vida longa ao FGDQ!!

domingo, 27 de maio de 2018

#2 - Conto de Areia - O Realismo Fantástico de Jim Henson e Jerry Juhl



Conto de Areia é uma Graphic Novel baseada em um roteiro esquecido de Jim Henson (Criador dos Muppets) e de seu amigo e parceiro de trabalho Jerry Juhl. A Editora Pipoca e Nanquim, seguindo a excelência no acabamento gráfico característico da Editora, traz para o Brasil esta incrível história que mistura realismo fantástico e metáforas existenciais. Ao lê-la não pude deixar de lembrar de obras como "O Espelho no Espelho" de Michael Ende e do filme "O Show de Truman".

Grande Abraço à todos!

terça-feira, 22 de maio de 2018

Primeiro Vídeo do Canal Marcelo - Antologias!


Olá amigos! A partir de agora disponibilizarei alguns conteúdos em uma outra forma: a visual. Este é o primeiro vídeo do canal!

Forte abraço!

domingo, 13 de maio de 2018

Miniatura Marvel Série Especial Nº 14 - Apocalipse

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Apocalipse pode ser considerado, dentro do Universo Marvel, o típico produto de uma época. No caso, os anos 90. O personagem é o exemplo de toda uma linha narrativa iniciada na década anterior (anos 80) de desconstrução do ideal superheróico. Obras como Batman - O Cavaleiro das Trevas e A Queda de Murdock foram as precursoras desta visão. Para tal, vilões ambíguos, poderosos e aniquiladores eram necessários para que os chamados heróis e super-heróis rompessem determinadas barreiras que antes eram instransponíveis, como por exemplo matar e flexibilizar determinados conceitos morais. Mas Apocalipse é ainda produto de outro conceito dos anos 90, o da arte e da "porrada" prevalecendo sobre o roteiro. Uma época em que milhões de gibis eram vendidos por mês, porém com histórias descartáveis e sobre as quais pouco lembramos atualmente. Uma "bolha" mercadológica que não tardaria a estourar no fim dos anos 90 início dos anos 2000, e que não deixou pedra sobre pedra. O tipo da desconstrução necessária para se construir algo novo sobre os escombros.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Apocalipse encerra vários conceitos dentro de si, dentre eles o de Divindade, Mutante, Ciborgue entre outros... E todos eles podem ser vistos ao contemplarmos sua concepção artística. Com uma roupa que lembra ao mesmo tempo um exoesqueleto, mas também uma divindade extraída diretamente do Livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich Vön Daniken, o personagem traz ainda a ideia de algo sinistro, alienígena e ao mesmo tempo geneticamente modificado. Especificamente a respeito da peça que o representa dentro da Coleção de Miniaturas Marvel da Eaglemoss, fiquei satisfeito. Há um delineamento muscular razoavelmente preciso, bem como uma pintura que destaca bem os acessórios metálicos que lembram uma armadura de sustentação em certas áreas do corpo. Podemos aliás, ver semelhanças conceituais entre Apocalipse e outros vilões de igual calibre, como por exemplo Thanos (também da Marvel) e Darkseid e Mogul (ambos da DC). Poderíamos dizer com certa segurança que Apocalipse seria o Thanos do Universo Mutante Marvel.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Outros destaques dignos de menção na miniatura do personagem seriam os tubos metálicos que fazem conexão entre a região dos cotovelos e a região da coluna lombar. A presença destes tubos nos dão a estranha sensação de estarmos diante de um ser modificado. Apocalipse possui cerca de 2,15 metros de altura. Isso explica sua presença dentro do Segmento Especial da Coleção de Miniaturas Marvel da Eaglemoss. Um segmento dedicado à personagens de grande estatura. Ombreiras enormes, a presença de uma gola metálica (que nos passa a impressão de algo rígido) além de braceletes e botas reforçadas compõem um visual digno de um Galactus. Mas quem é Apocalipse? Qual sua origem? E sobretudo, por que tal criatura vive sob a brutal missão de permitir que somente os mais aptos e forte sobrevivam?

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Falar da mitologia de Apocalipse é um esforço "Hercúleo" para o qual não me considero capaz em função de uma narrativa complexa, intrincada, confusa e pouco verossímil que foi construída ao redor do vilão. O mais sensato e prudente seria ater-nos à sua origem que é um pouco mais compreensível, embora não deixe de ter pontos complicados de serem entendidos. Comecemos, portanto no local e momento de nascimento de Apocalipse. Para isso temos que voltar ao Egito Antigo cerca de 5.000 anos atrás. Numa terra inóspita e pouco favorável à vida, os homens aglomeravam-se em pequenos povoados ou faziam parte de povos nômades do deserto. Um destes povos nômades era uma tribo chamada simplesmente de Tempestade de Areia, liderada por um homem conhecido como Baal. A tribo de Baal presenciou a queda de uma estranha nave dos céus e, vasculhando em seus escombros encontrou um moribundo tripulante. Os nômades o chamaram de Rama Tut. Após cuidarem de seus ferimentos Rama Tut desapareceu e, os inconformados nômades vasculhando o interior da nave descobriram uma joia por meio da qual Baal obteve o motivo da vinda de Rama Tut para aquele local. Ele na verdade era um viajante do futuro que viera aquele período para achar uma poderosa criança que nasceria e traria ruína ao futuro.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Com seus conhecimentos do futuro, Rama Tut conquistou todo o Egito antigo e tornou-se o Faraó Rama Tut, nunca desviando-se de seu objetivo de encontrar A Criança. No entanto, foi Baal que a encontrou primeiro em um insignificante vilarejo chamado Akkaba. Deixada para morrer pelo seu próprio povo (em função de sua estranha aparência cinza), Baal a acolhe e o chama de En Sabah Nur (O Primeiro). O chefe Baal o cria sob os duros preceitos do povo do deserto, cujo principal lema era a sobrevivência naquele local pouco favorável à vida. Isto, obviamente, implicava na sobrevivência do mais forte. En Sabah Nur cresceu e se fortaleceu em meio aos nômades, embora nunca tenha sido aceito por eles, em função da estranheza que provocava nos outros. Talvez o único parentesco de afeto que ele teve foi com seu pai adotivo Baal. Infelizmente, Rama Tut consegue localizar a tribo de Baal por meio de seu general Ozymandias. Tut dizima a tribo de Baal, que só não perece ao lado de En Sabah Nur porque durante o ataque ambos estavam em uma caverna dentro da qual Baal apresentava ao jovem Apocalipse a joia que lhe permite conhecer quem ele se tornaria.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Baal morre na caverna onde estava com seu filho adotivo ao ficar preso em função de um deslizamento. En Sabah Nur sobrevive devido às habilidades mutantes que já estavam presentes consigo, garantindo-lhe resistência à fome e sede. Quando consegue sair En Sabah é capturado por Rama Tut que atenta contra sua vida, deixando-o às portas da morte, enquanto Tut retorna para o futuro. Mais uma vez, no entanto En Sabah Nur sobrevive em função de seus poderes. Com isso ele passa a trilhar diversos países e regiões do globo empreendendo batalhas e fomentando a destruição dos  mais fracos. A metamorfose de En Sabah Nur no personagem Apocalipse que conhecemos hoje se deu em uma destas viagens quando ele encontra na Mongólia uma nave que pertencera aos Gigantes Celestiais (seres colossais que, dentro da mitologia Marvel, semearam a Vida em Mundos nos primórdios da Criação). O encontro de En Sabah Nur com esta estranha nave foi mais ainda sinistro em função de que, nesta mesma época, ele entra em contato com um estranho ser nomeado apenas de O Viajante. Este ser infecta En Sabah com um vírus tecnorgânico que o faria morrer não fosse o uso da nave Celestial. Assim, En Sabah sai renascido da nave, agora não apenas com seus dons mutantes iniciais, mas fortalecido com a tecnologia celestial e portando um vírus que o transforma em um ser com diversas capacidades.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

O vilão tomaria para si a missão de reconfigurar a Terra à luz da premissa sobre a qual sua Tribo havia vivido, a sobrevivência do mais apto e mais forte. Este ideal toma conotações mais Messiânicas quando Apocalipse percebe que havia outros como ele na Terra, ou seja, mutantes. O destino do vilão parecia então se descortinar diante dele, ou seja, como uma força evolutiva da própria natureza, que impõe sobre as espécies a sobrevivência do mais forte, assim ele também agiria conduzindo sua raça ao domínio completo do Planeta. O poder mutante original de Apocalipse incluía a extração de poder de quase qualquer fonte de energia à sua volta, somando-a à sua própria força. Adicionalmente à este poder original, Apocalipse ganhou outras habilidades fruto de seu contato com a Nave Celestial e com o vírus tecnorgânico. Dentre elas podemos citar: a irradiação de energia na forma de rajadas ou escudos de concussão expansivos, além da geração de campos de força protetores. No entanto, seu mais bizarro e letal talento, talvez seja converter parte de seu corpo em armas. Esta habilidade decorre da sua capacidade de manipular a matéria do próprio corpo. Quando transforma seu braço (por exemplo) em uma imensa lança, a matéria adicional necessária para constituir a arma é extraída de uma realidade extradimensional. Isso explica a variação de tamanho das coisas nas quais se transforma.

Miniatura Marvel Especial Nº 14 - Apocalipse

Apocalipse teve sorte e ao mesmo tempo azar de ter sido criado nos anos 90. De certa forma seu inominável poder vem de uma fase em que os roteiristas buscavam vilões que pudessem colocar os ideais dos heróis em xeque. Isso permitiu-lhe ter um lugar de destaque na galeria de vilões mutantes. Ao mesmo tempo, no entanto ele foi vítima de histórias absurdamente incompreensíveis (em minha opinião), envolvendo viagens no tempo e realidades alternativas, o que de certa minou seu alcance junto ao público e à crítica especializada.

De qualquer forma ele merece o lugar que ocupa como a força da natureza que acredita ser. É isso aí amigos. Um forte abraço à todos!

domingo, 6 de maio de 2018

A Saga Infinito de Jonathan Hickman - O Genial ofuscado pela Exaustão do Modelo Narrativo da Marvel


A Saga Infinito de Jonathan Hickman talvez tenha sido a última grande Saga da Marvel antes da crise que veio à público em 2017 como resultado das baixas vendas da Editora em relação à concorrente DC. Na época, lojistas, donos de Comic Shops e Editores da Marvel tiveram a tão falada reunião à portas fechadas para e discutir a exaustão de um modelo de histórias levado à cabo desde 2006 com Guerra Civil I, a saber As Grande Sagas. Guerra Civil I de 2006 embora não seja a 1ª grande saga da Casa das Ideias foi talvez aquela que abriu uma Nova Era (talvez a Era pós-Moderna das HQs) para a 9ª Arte especializada em Super Seres. Isso porque revigorou temas e interações catapultando a dramaticidade das histórias para outro patamar. A Saga Infinito de Hickman teve seu lugar dentro da iniciativa Nova Marvel iniciada em 2013 e é um arco complexo, difícil de acompanhar (em função de suas diversas ramificações) mas muito bom. Eu por exemplo tive que esperar sair em encadernados para poder acompanhar melhor. E, mesmo assim, tive que esperar saírem todos para conseguir ler na ordem correta dentro de diversas idas e vindas entre os volumes.


A epopeia de Hickman envolve basicamente o núcleo "Vingadores" e 04 eventos que se inter-relacionam dentro de duas equipes, os chamados Novos Vingadores (mas na verdade são os Iluminati mesmo) e os Vingadores (Equipe Sênior). Os 04 eventos supracitados são: O Evento Branco (um evento ainda enigmático tendo a evolução de espécies em seu centro); As Incursões (aniquilações de Terras paralelas a partir de um desconhecido acontecimento no tecido vibracional das realidades); A Invasão dos Construtores (Seres que estiveram presentes na aurora do Universo e que agora se movem por alguma razão como uma onda aniquiladora pelo Universo 616); e a Jornada de Thanos para assassinar seu filho Thane, um rebento resultante do encontro de Thanos com uma Inumana. A Saga Infinito tem como eixo central a Invasão Construtora, embora avance dentro das outras narrativas paralelas. O final da Saga fecha bem o arco relacionado aos Construtores e seus motivos, no entanto segue com as demais narrativas em aberto.


Mas se há muita qualidade nesta Saga de Hickman, por que ela não foi tão reconhecida entre o público? Pelo menos não como merecia. Já que eu a considerei merecedora de maiores holofotes. A resposta para esta pergunta eu acredito que está na exaustão de um modelo que a Marvel investiu e insistiu até a sua completa banalização: O Modelo da Grande Saga ou, como muitos chamam "A Grande Saga da Vez". Como o próprio nome diz, "Grandes Sagas" precisam fazer jus à alcunha que recebem, ou seja, precisam estar inseridas dentro de um contexto para que os dramas maiores ali tratados sejam vistos com o ineditismo e o fatalismo que merecem. Após Guerra Civil I de 2006 tivemos muitas sagas interessantes com níveis diferentes de qualidade. Dentro elas, Invasão SecretaA Era Heroica, Pecado Original, A Era de Ultron, A Essência do Medo (a mais fraca aliás) entre outras... que fizeram com que os leitores vislumbrassem uma certa falta de verossimilhança nos acontecimentos ali registrados. Vou dar um exemplo: a Terra e nossa sociedade não conseguiriam passar pelas incontáveis destruições apocalípticas pelas quais passou ao longo destes arcos sem ter o tecido social completamente destruído. Falando mais claramente: seria impossível nos manter nossa estrutura social após tantas destruições. O Mundo se transformaria! No entanto, não é isso que vimos destruição após destruição.


Por mais que leitores mais descompromissados queiram afirmar que tudo se sustenta em bases fictícias, e que por isso não é necessário termos tanto compromisso com a verossimilhança, mesmo assim o leitor médio vai se sentindo traído em função da perseguição mercadológica da editora dentro de um modelo que querem usar até a última gota financeira. O fato é que, quando foi lançada, A Saga Infinito já aportou em um mercado com certa exaustão das grandes sagas, e o público a recebeu com uma injusta frieza. Hickman demonstrou ter controle das diversas linhas narrativas, algo que eu particularmente só tinha visto neste grau em Top Ten de Alan Moore pela editora ABC Comics. A arte da saga é boa também, exceto pelo traço de Mike Deodato. Confesso que não gosto muito de seu traço e da forma como "anaboliza" os personagens.


Mas para onde a Marvel deveria ir? Qual linha deve seguir após esta exaustão? Obviamente a resposta não é simples e o que responderei diz respeito apenas à minha opinião pessoal. Acredito que um bom recomeço seria a retomada das abordagens individuais, ou seja, voltar-se para os pequenos dramas de cada personagem tendo seu "DNA" dramático como elemento primordial, uma vez que nas grandes sagas esses elementos pessoais/individuais tendem a ficar ofuscados pelo todo. Vou dar dois exemplos bem sucedidos recentes: A Saga do Gavião Arqueiro de Matt Fraction dentro da própria Nova Marvel e a do Demolidor pelas mãos de Mark Waid. Grandes Sagas sempre terão seu lugar, mas não podemos esquecer que os maiores momentos da 9ª Arte dentro da Marvel e DC foram focados dentro do microcosmo do personagem. Exemplos: A Piada Mortal e O Monstro do Pântano de Alan Moore; O Cavaleiro das Trevas e A Queda de Murdock, ambos de Frank Miller; Sandman de Neal Gaiman; Thor do Walt Simonson entre vários outros exemplos. Caminho parecido foi seguido mais recentemente pela DC com sua bem sucedida Iniciativa Renascimento, que vem amealhando um saldo bem positivo de público e crítica.


Para você que deseja ler a Saga a partir da ordem cronológica dos acontecimentos (e não dos lançamentos) coloco abaixo um guia de leitura sobre o qual me baseei tendo como fonte o site http://ultimatodobacon.com/








E você? O que achou de Infinito de Jonathan Hickman? Em tempos de Vingadores - Guerra Infinita vale a pena refletir. E o que acha da exaustão de certos modelos narrativos?

Forte abraço!
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