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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Miniatura DC Série Especial Nº 06 - Bane

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Bem amigos... Finalmente chegamos à uma das piores peças da Coleção de Miniaturas Eaglemoss da DC em minha opinião. Bane sem dúvida merece o troféu de pior peça mesmo! São inúmeros seus pontos ruins, no entanto antes de falar deles, vale a pena lembrar que seu lançamento ocorreu, se todos lembram bem, no pior momento possível, ou seja, logo após a "bomba" que caiu sobre nós colecionadores. A mudança do material de metal para resina nas Especiais da DC. Além desta notícia ter abalado toda estrutura e desejo dos fãs, Bane foi confeccionado em resina e de forma totalmente irregular no sentido anatômico, trazendo proporções e dimensões inadequadas que, somadas ao seu peso (incrivelmente leve em decorrência do material) colocou uma "pá de cal" sobre todos aqueles que esperavam um desfecho digno das Especiais da DC.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Com o tempo aprendi a "ressignificar" a resina como material de confecção das peças, conseguindo até admirar muitas miniaturas em resina que tenho (Monstro do Pântano por exemplo). Bane, no entanto simplesmente não dá. Sua aparência e modelagem inconsequentes o fazem parecer um brinquedo do McDonald´s para mim. Muitos desenhistas já trabalharam no ambiente dos quadrinhos com traços irregulares e desproporcionais. E fizeram isso hora de forma irresponsável (caso da Era dos Heróis da IMAGE nos anos 90, em especial aqueles desenhados por Rob Liefeld) e hora de forma muito responsável (caso de Bill Sienkiewicz e sua Graphic Novel do Demolidor em que um Rei do Crime aparece com proporções colossais). Porém, desenhar numa HQ um personagem fora de proporções para servir à percepção que o artista quer passar (caso de Sienkiewicz e seu Rei do Crime) é uma coisa, mas modela-lo fora de parâmetros anatômicos como é o caso deste Bane, é outra bem diferente. Sobretudo em uma coleção que visa trazer os heróis de forma precisa em suas dimensões, o que se configura quase como uma aberração artística.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

A peça deste anabolisado vilão está tristemente inserida nesta coleção. Músculos irregulares e estranhos aparecem por todo seu corpo. Entendo o "DNA" deste personagem, que é alguém que literalmente tem um corpo alterado pela droga "veneno", no entanto não acho adequado reproduzir na peça o que é mais uma figura de linguagem nas histórias do que algo a ser modelado como real. Enfim... Mas vamos lá. Acho adequado escrever sobre este vilão tão importante nas histórias do Homem Morcego até para manter a linha editorial aqui do Blog, de trazer todas as peças da coleção, independente de minha preferência pessoal. Vamos então para a parte mais interessante desta matéria logo, que é comentarmos um pouco da visceral história de BANE, o vilão que conseguiu ferir quase mortalmente o defensor de Gotham.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Como o próprio visual do vilão sugere, Bane tem origem na América Latina, em um país chamado Santa Prisca. Filho de um criminoso político sentenciado à prisão perpétua, Bane foi, ainda criança obrigado a cumprir pena no lugar do pai que fugiu deixando o pequeno Bane à mercê das lei de Santa Prisca que determinavam que o filho deveria herdar e cumprir pena no lugar de seu progenitor caso este não pudesse. Sofrendo as mais diversas agruras dentro da prisão chamada Pena Duro, Bane cresceu tendo como único amigo o pequeno Ursinho de Pelúcia Osoito, um presente de missionários que visitaram a prisão certa vez. Como forma de sobreviver física e mentalmente em um ambiente tão lesivo, Bane começou a ler todos os livros que podiam ser contrabandeados para o local. Além disso, ele achou refúgio em uma rotina exaustiva de malhação que foi transformando seu porte físico.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

A educação de Bane foi potencializada com a chegada de um padre visitante na prisão, o que permitiu-lhe avançar seu conhecimento. Ainda jovem Bane se tornaria um dos homens mais respeitados dentro da prisão, dominando seus colegas presidiários com mão de ferro. Uma janela de oportunidade seria aberta para ele, no entanto quando militares de Santa Prisca decidiram testar uma droga chamada "Veneno" que daria ao seu usuário força e invencibilidade. Todos os testes haviam falhado, sendo nesse ponto que Bane se oferece para um novo teste que acabou por lhe ampliar seus dotes físicos e ate mentais. Equipado com um sistema de tubos que bombeavam a droga diretamente em seu cérebro, Bane acaba por fugir de Pena Duro, partindo em busca daquele que encarnasse em vida uma fera que sempre o assombrara em seus sonhos na prisão, um imenso MORCEGO. Em suas leitura Bane sabia que Gotham City era o ambiente perfeito para ele viver, uma vez que seu caos emulava muito bem a vida que tivera na prisão. O vilão passa, com o tempo, a enxergar Batman como o grande soberano de Gotham e, portanto seu inimigo. Isso se soma ao fato de que o Homem Morcego evocava para Bane a fera que sempre estivera em seus pesadelos.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Em função de sua inteligência ampliada, Bane deduz que Bruce Wayne é o Batman e, a partir daí inicia um plano sórdido e covarde em minha opinião. Ele ataca o Asilo Arkham e liberta todos seus prisioneiros. Isso faz com que Batman empreenda uma caçada que dura vários meses até prender novamente todos seus integrantes. Ao final deste período Bane invade a mansão Wayne, espanca Alfred e fica aguardando o retorno de um Homem Morcego esgotado e cansado. O resultado deste plano todos nós conhecemos e ficou lendariamente conhecido como o clímax do arco "A Queda do Morcego", publicado no ano de 1993. A DC na época mexia com seus dois grande ícones, Superman morto por Apocalypse e Batman inutilizado por Bane que lhe fraturara a coluna. Afastado e em recuperação, Bruce Wayne cede seu manto de Batman ao assassino Azrael, um homem sem escrúpulos que passa a caçar Bane e tentar, por métodos violentos, restabelecer a ordem em Gotham City.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Azrael como Batman consegue derrotar Bane e o leva de volta à prisão. O vilão retornaria outras vezes e cruzaria seu caminho com Batman em situações estranhas, chegando até a sugerir que Bruce e ele fossem irmãos. Sempre fomentando a dissenção e a violência ele também causaria um Guerra Civil em seu país natal e acabaria por se aliar a ninguém menos que Lex Luthor. Dono de uma carreira de brutalidade como vilão, covardia e imprevisibilidade, Bane é uma figura odiosa e que, em minha opinião foi criada para atender a necessidade de se ter um oponente à altura de Batman tal qual ocorreu entre Superman e Apocalypse. Definitivamente ele não é um vilão que eu goste muito e para mim foi criado com objetivos circunstanciais e mercadológicos. Outros vilões se enquadram nesta categoria como eu mesmo já comentei aqui no Blog, por exemplo Venon na Marvel. De qualquer forma não podemos deixar de reconhecer a importância deste vilão no panteão de vilões da DC, por isso tê-lo na coleção é algo imprescindível.

Miniatura DC Especial Nº 06 - Bane

Bem amigos... é isso aí! Um grande abraço à todos!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Clinton Francis Barton é ninguém menos que um dos personagens mais constantes e tradicionais nas mais variadas versões dos Vingadores. Com uma origem diferente da de muitos outros heróis de sua época, Clint Barton galgou sua posição no Universo Marvel e se tornou um dos personagens mais conhecidos mesmo antes do advento do Universo Cinematográfico da Casa das Ideias. Hoje veremos sua miniatura na Coleção de Miniaturas da Marvel Eaglemoss, além de importantes aspectos sobre sua trajetória até se tornar a referência máxima em arquearia da Marvel.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Devo admitir que a miniatura do Gavião Arqueiro está entre as mais legais de toda a coleção em minha opinião. Sua robustez, peso, modelagem e posição em que se encontra contribuem para que sua presença em qualquer estante se destaque muito fácilmente. Há vários detalhes importantes que merecem destaque. Em primeiro lugar o respeito com a indumentária clássica. O uniforme roxo e azul sempre foi um dos meus preferidos e sempre ficou muito bem ao ser desenhado nas clássicas histórias dos Vingadores. Há nele vários cintos (à semelhança do couro) envolvendo o personagem, o que traz aspectos medievais e rústicos à sua figura. Este, aliás sempre foi (em minha opinião) um dos motivos para o sucesso dos quadrinhos nos anos 60 e 70, ou seja, a preocupação que se tinha em compor um vestuário que expressasse todo um "conceito".

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

A leveza com que a túnica inferior foi modelada é outro ponto alto. Conseguiu-se trazer uma sensação de movimento ao tecido, conferindo à peça um toque de "ato contínuo", o que a torna muito interessante de ser apreciada. A anatomia também foi preservada, podendo ser observado o contorno muscular no tronco, braços e pernas. A face também aparece muito bem, e a máscara mostra-se como uma peça única com o tecido que cobre a parte superior do peito, estando perfeitamente integrada ao contexto. A aljava e as flechas em seu interior estão ok e, talvez o elemento mais chamativo, seja a posição do braço direito de Clint, que encontra-se à meio caminho da retirada de uma das flechas. O braço esquerdo também aparece bem, segurando o arco. Aliás, um arco robusto e grande, outro detalhe que impressiona. Além de tudo isso, munhequeiras e braceletes compõe o resto de um quadro caracteristicamente reconhecido como de um homem rústico e de poucas palavras. Mais rápido em reagir do que debater.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Pois este é um quadro que se aplica bem à Clint Barton, um homem muitas vezes irascível, de "pavio curto" e pouco afeito a respeitar hierarquias e cadeias de comando. O Gavião Arqueiro apareceu pela 1ª vez em Tales of Suspense 57 de 1964. Órfão desde a adolescência, Clint e o irmão Barney encontraram um lar em um circo, onde Clint cresceu sob a disciplina de dois mentores, o Espadachim (que apresentou a ele o mundo da arquearia) e Buck Chisholm, o Flecha Certeira, que lhe ensinou tudo sobre a disciplina e o treinamento necessários para se tornar um mestre na arte do arco e flecha. O número de Clint no circo não dava a ele a exposição e o sucesso que ele queria, aliás muitas vezes ele era até ridicularizado. Ao acompanhar o resgate de várias pessoas pelo herói Homem de Ferro, Clint percebeu que poderia usar suas habilidades para obter reconhecimento igual, ou seja, imaginou que poderia entrar para o ramo dos "super-heróis" e se tornar famoso.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

A entrada de Clint neste ramo não foi, no entanto das mais bem sucedidas. Em sua 1ª ação como super-herói ele foi confundido pela polícia como sendo o assaltante, e como se isso não bastasse topou com ninguém menos que a Viúva Negra, que na época era uma espiã comunista trabalhando nos EUA com espionagem industrial. Seduzido pela Viúva, o Gavião Arqueiro realmente tentou roubar planos nas Indústrias Stark, o que lhe rendeu um confronto com o Homem de Ferro. Mais curioso ainda, talvez tenha sido sua entrada para os Vingadores pouco tempo depois, uma das admissões mais estranhas e inverossímeis para um grupo de super-heróis até aquele momento. Algo muito típico, no entanto para alguém como Clint Barton. Ele simplesmente invade a Mansão dos Vingadores e exige fazer parte da equipe (rs rs rs)!! Sorte ou não, a equipe passava por uma reformulação, parecendo ao Capitão América (líder dos Vingadores à época) uma ideia aceitável incorporar o Gavião Arqueiro às suas fileiras.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Os Vingadores tiveram um efeito estabilizador à personalidade rebelde de Clint e, apesar de suas constantes insubordinações junto ao Capitão América, podemos dizer que seu valor foi sendo reconhecido ao longo de várias missões e aventuras junto do grupo. Enquanto muitos heróis entravam e saiam da equipe, Clint foi sempre uma constante. Sua insegurança, no entanto voltou quando ele percebeu que suas habilidades na arquearia não seriam suficientes em algumas missões do grupo. Foi nessa época que ele aproveitou a oportunidade e assumiu a identidade de Golias que até então era de Hank Pym. Pela 1ª vez Clint possuía poderes advindos do soro de crescimento de Pym. Sua vida de herói como Golias durou algum tempo, até a Guerra Kree-Skrull para ser mais exato, quando retomou seu manto como Gavião Arqueiro. Foi nessa época que ele declara seu interesse amoroso para com a Feiticeira Escarlate, que o rechaça em favor do androide Visão. Talvez por conta disto Clint decide deixar os Vingadores após muitos anos junto ao grupo. Nessa época ele atuou por pouco tempo ao lado dos Defensores e como chefe de segurança de uma empresa, onde conheceu sua 1ª esposa, Barbara Morse, a Harpia.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

Após estes acontecimentos o Gavião Arqueiro voltou em grande estilo aos Vingadores como líder dos Vingadores da Costa Oeste, cargo no qual se saiu muito bem apesar de suas divergências com Harpia (sua esposa e uma de suas comandadas), o que lhe custou o casamento. Clint perderia sua esposa em combate, o que fez com que vivesse um tempo associado à outro grupo, os Thunderbolts. Mas a maior provação para ele, foi quando experimentou a loucura da Feiticeira Escarlate que acabou por mata-lo e depois ressuscita-lo no âmbito do que ficou conhecido como "Vingadores - A Queda". Uma sucessão de eventos que reformulou os Vingadores como a equipe que conhecemos hoje. Gosto muito da trajetória do Gavião Arqueiro, uma vez que ela descreve a história de alguém que vai aprendendo com os próprios erros. A única coisa que não "engulo" como fã  de quadrinhos é a banalização da morte. Se querem vender mais revistas não matem um personagem, pois trazê-lo de volta acaba sendo um soco na cara dos fãs e um expediente que só banaliza as tramas.

Miniatura Marvel Nº 50 - Gavião Arqueiro

A figura do Gavião Arqueiro é indissociável da história dos Heróis Mais Poderosos da Terra, Os Vingadores. Sua postura rebelde rompeu com a ideia de heróis sempre comportados e distantes das emoções mais básicas dos seres humanos comuns. Excetuando sua morte e ressurreição eu diria que sua trajetória é digna e merece todo nosso respeito. Esse é o representante máximo da Marvel no manejo do arco e flecha!!

Abc. à todos!!
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