Translate

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Miniaturas Marvel - 2013 - Novidades II

Miniaturas Nº 01 ao 10 já lançadas no Brasil pela Panini

Bom amigos... Recentemente comentei aqui a respeito de algumas importantes e alvissareiras novidades a respeito do prosseguimento da Coleção de Miniaturas Marvel no Brasil. Indo ao encontro destas boas novidades tivemos alguns acontecimentos recentes que apontam e confirmam as novidades anteriores. Nessa matéria gostaria de trazer esses pequenos, mas importantes acontecimentos que nos mostram um pouco do futuro. Vamos a elas:

1º - Embora já descoberto por muitos, um dos acontecimentos que eu mais comemorei foi a abertura do Site Oficial de Eaglemoss aqui no Brasil (fabricante da Coleção). Considero esse um importante acontecimento uma vez que confirma o desejo real da Eaglemoss em nosso mercado. Para quem conhece o Site Britânico da Eaglemoss sabe o tamanho dessa empresa Européia e o leque de coleções interessantíssimas disponibilizadas e que até então não tínhamos acesso, pois não era possível fazer compras daqui. Com a abertura do site no Brasil entendemos que muitas dessas coleções serão disponibilizadas pra gente! Por hora há apenas 04 coleções disponíveis para compra lá: A Era do Gelo - Coleção de Animais; Coleção Ferrari; Coleção Oficial dos Carros de James Bond; e a Coleção de Miniaturas Marvel.

2º - Outra novidade foi o aparecimento do Nº 23 da Coleção (Kraven) nas bancas com uma Revista em que já não víamos o Logotipo da Panini, indicando claramente que a Eaglemoss realmente está assumindo a coleção. Embora a Panini tenha viabilizado seu lançamento aqui no Brasil inicialmente (e esse é um crédito que devemos dar à ela, pois sem isso ainda estaríamos a ver navios), os problemas relacionados à atrasos, distribuição ruim e sobretudo entregas trocadas, fizeram muitos terem Pesadelos, Pressão Alta, Estress... Sendo assim o que percebemos é que praticamente todos vêem com bons olhos a chegada da Eaglemoss e a saída da Panini. A Panini apesar de tudo, permitiu que o potencial de nosso mercado fosse percebido pela Eaglemoss e assim decidisse definitivamente aportar em Terras Brazucas.


3º - Outra questão a respeito da qual os colecionadores, sobretudo do Rio de Janeiro, tem se manifestado é a distribuição das peças em outras praças (Estados). Pelo que fiquei sabendo há sim interesse da Eaglemoss em lançar em outras praças e que, no caso do RJ, esse lançamento estaria programado para Abril/2013. Porém, a Eaglemoss enfrentará alguns problemas quanto à legislações específicas em cada Estado de nossa Federação, alguns inclusive impedem a comercialização desse tipo de material (Miniaturas de Metal) em bancas, como é o caso do Rio Grande do Sul. Essa adaptação deverá levar algum tempo. Por isso o que recomendo é que as pessoas fiquem ligadas no site da Eaglemoss (disponibilizado acima). Caso a Eaglemoss Brasileira adote o mesmo formato do site britânico (o que parece que acontecerá) as Miniaturas, inclusive as anteriores, ficarão disponiveis para venda direto no site, o que permitirá à muitos que completem suas coleções ou comprem apenas aquelas de interesse. Outro dado importante, e que vale a pena comentar, é que as Miniaturas Especiais (de personagens maiores "Hulk", "Rhino", "Colossus"...) e as Mega-Especiais (de personagens de estatura gigante, "Galactus", "Vigia"...) foram comercializadas diretamente do Site Britânico da Eaglemoss quando do seu lançamento na Europa. Ou seja, as pessoas compravam tais miniaturas direto do site. Acredito que aqui no Brasil a Eaglemoss possa adotar atitude semelhante, disponibilizando tais miniaturas Especiais e Mega-Especiais pelo site.

Miniaturas Nº 11 ao 20 já lançadas no Brasil pela Panini

4º - Por fim, a novidade mais recente, na verdade de hoje (26/04/2013) de manhã. Como sou assinante pela Panini, acabei de receber um e-mail direto da Eaglemosss me perguntando sobre meu interesse em assinar por mais 06 meses (12 modelos) ou 01 ano (26 modelos) a Coleção. As opções de pagamento são: 04 parcelas e à vista, tanto para 06 meses quanto para 01 ano. Isso confirma também a informação liberada anteriormente de que a Coleção seguiria adiante até o Nº 100 por aqui. Lá fora ela se encerrou pelo Nº 200. A continuidade no Brasil acima do Nº 100 está condicionada à manutênção de seu sucesso até lá. Pelo e-mail que recebí há pouco a promoção para um novo arco de assinatura vai até o dia 09/05/2013. Os que receberem tal e-mail devem clicar no link disponibilizado para impressão do boleto de pagamento. Ainda não efetuei esse procedimento, mas estou inclinado a dar, frente à reputação da Eaglemoss lá fora, meu voto de confiança e assinar novamente. Uma das principais reinvidicações que acredito pertinentes é que o assinante receba sua entrega no mínimo junto com o lançamento em banca, senão até antes, pois algo que fere muito o assinante é perceber que todos já estão com suas peças, e ele, que deu um importante voto de confiança à empresa, recebe muito, muito tempo depois. Como o e-mail acabou de chegar há ainda a dúvida em saber se o mesmo é legítimo, porém acompanhando a movimentação nas Redes Sociais vários outros assinantes já confirmaram o recebimento do mesmo e-mail, assinalando na direção da confiabilidade do e-mail. O amigo e leitor aqui do Blog, José Estáquio dos Santos, deixou um comentário há pouco em uma outra postagem (Miniaturas Marvel - Novidades 2013) na qual ele comenta que conferiu junto à Receita Federal o CNPJ presente no Boleto gerado no e-mail e ele é sim da "EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICACOES E DISTRIBUICAO LTDA". Ou seja, parece que estamos sim diante de um comunicado oficial da Editora.

Miniaturas Nº 21 a 30. No momento estamos no Nº 23. Miniatura que marca a transição de comando da Panini para a Eaglemoss

Bom amigos, para quem não conhecia a coleção ou mesmo para os velhos companheiros de colecionismo, as imagens que postei aqui servirão para que todos tenham um panorâma do que já foi lançado até aqui (Nº 01 ao 23) e um pouco do que vem por aí (Nº 24 em diante). Lembrando que a assinatura pela Panini (como é o meu caso, assinante desde o início) se encerra oficialmente no Nº 27 - Homem-Areia.

Abc. à todos!

domingo, 21 de abril de 2013

A Cruzada das Crianças


Aproveitando a chegada da tão comentada saga "Vingadores x X-Men" (V x X) às bancas, resolví ler uma história que já há algum tempo estava na minha lista de leitura: A Cruzada das Crianças. Publicada há cerca de um ano aqui no Brasil em "Os Vingadores Especial 1 e 2" essa hsitória tem tudo a ver com V x X, além de amarrar algumas pontas soltas do Universo Marvel pendentes desde "Dinastia M", saga lançada em 2006 e que narrava a caçada e desaparecimento da Feiticeira Escarlate (importante e antiga Vingadora). Em Dinastia M, Wanda Maximoff (Feiticeira Escarlate) levaria a raça mutante a perder seus poderes em quase sua totalidade desaparecendo ao final. Durante anos muitos fãs se perguntavam: "Onde estaria Wanda Maximoff?" que além de grande poder também é filha de Magneto. A Cruzada das Crianças revela essa entre outras importantes questões. Resolví escrever sobre essa história porque ela me surpreendeu positivamente. Com uma hábil narrativa o roteirista Alan Heinberg manteve a história em um rumo coerente e sem soluções óbvias. Acima de tudo eu gostaria de destacar a arte de Jim Cheung. Com desenhos precisos, limpos e anatomicamente quase perfeitos Cheung fez com que eu quisesse ver o que teria na próxima pagina (algo que tem se tornado raro ultimamente).


A busca pela Feiticeira Escarlate começa a partir de seus dois filhos perdidos (Wiccano e Célere), atualmente integrantes dos Jovens Vingadores (um grupo de heróis adolescentes que surgiu na esperança de um dia substituir os Vingadores Sêniores). A trama segue com o descobrimento do paradeiro da Feiticeira na Latvéria do Dr. Destino. Com grandes confrontos físicos e psicológicos entre os principais heróis da Marvel, a história traz algumas coisas que gostaria de destacar:

- Um Dr. Destino aparentemente questionando a sí mesmo sobre sua vida de dor e dominação;

- Um Wolverine disposto à assassinar Wanda Maximoff para que ela nunca mais retire os poderes de nenhum mutante;

- Um Capitão América e um Homem de Ferro confusos à frente dos Vingadores, sem saber se compartilham ou não da visão do Wolverine;

- Um Magneto disposto, pelo menos aparentemente, à resgatar a integridade de sua conflituosa família junto à seus dois filhos (Wanda e Pietro Maximoff). Para isso Magneto se junta aos Jovens Vingadores na busca da Feiticeira Escarlate;

- Um Ciclope ensandecido por justiça à frente dos X-Men, disposto à tudo para matar Wanda pelo que ela fez à raça mutante no evento Dinastia M.


Todas essas linhas se juntam em um roteiro que vai se tornando imprevisível à cada página. Outro interessante destaque é a forma elegante com que Heinberg trata o relacionamento homossexual entre Wiccano e Hulkling dos Jovens Vingadores. O roteirista acerta ao mostrar o relacionamento dos dois personagens de maneira suave e sem pretensões de transformar o assunto em um caça-níquel, algo que temos visto em várias mídias. O objetivo não é polemizar, mas simplesmente mostrar o que acontece entre duas pessoas.


Duas importantes tragédias acontecem na história e importantes detalhes a respeito dos acontecimentos ocorridos em Dinastia M são novamente revisitados. Além disso, outro personagem importante na criação dos Jovens Vingadores aparece, "Rapaz de Ferro", ao que tudo indica ele é a versão jovem de "Kang - O Conquistador". O desfecho que envolve o Rapaz de Ferro trará importantes implicações futuras ao que parece.

Um dos melhores e mais tensos momentos da história é o confronto verbal entre os Vingadores e os X-Men a respeito das questões que envolvem a culpabilidade da Feiticeira Escarlate. Ao ler os diálogos eu fiquei me perguntando: "Por que os roteiristas não estabelecem diálogos assim entre heróis e vilões?". O que vemos muitas vezes são conversas surreais e pouco críveis entre super-heróis e super-vilões, o que diminui drasticamente a carga dramática tão essencial à uma boa história.


Nunca gostei muito desta coisa de se ficar inventando heróis mirins para substituirem os já consolidados. Sendo assim, sempre ví esses Jovens Vingadores como adolescentes "chatonildos", porém nessa história eles conseguem funcionar como pessoas e equipe. Aliás, as questões adolescentes bem que podiam ser melhor trabalhadas nos quadrinhos, há muitos dramas e questões interessantes que poderiam ser tratadas, porém os roteiristas deixam isso de lado, concentrando-se muitas vezes na superficialidade de uma pancadaria (o que também aprecio, porém deve ser acompanhada de uma história razoável). "A Cruzada das Crianças" era uma história que eu não dava nada e se constituiu em uma interessante e agradável leitura. Abaixo posto as duas capas de "Vingadores Especial 1 e 2" onde a história saiu aqui no Brasil.



Abraço à todos!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Coleção Graphic Novels Marvel


Prezados, nos últimos dois dias os leitores de quadrinhos foram tomados de assalto por uma notícia que, embora ótima, veio acompanhada de muita decepção, raiva e surpresa com a falta de respeito das editoras que lançam materiais extremamente interessantes e esperados por muitos em nosso país, porém sem nenhum respeito pelo consumidor que quer apenas informações mínimas e plausíveis sobre o lançamento. Formada por aproximadamente 60 números a Coleção de Graphic Novels Marvel foi lançada em diversos países e reúne importantes histórias do universo marvel. Desde sagas mais antigas (que muitos ouvem falar mas na verdade nunca leram) até sagas mais recentes como "Guerra Civil" de 2006. A notícia do lançamento dessa série veio desencontrada e cheia de contradições pelas redes sociais. Diversos blogs e sites especializados tentaram logo rastrear o boato indo até sua aparente origem, a Editora Salvat, que à princípio está lançando a coleção por aqui. Isso causou muita estranhesa já que quem tem os direitos de publicação do material da Marvel em diversos países (inclusive no Brasil) é a Panini. Os contatos feitos com a Editora Salvat mostraram-se uma verdadeira "Via Crucis" para os interessados, já que os atendentes além de falta de preparo, mal sabiam do que se tratava essa coleção.


Até o final do dia de ontem sabíamos, à princípio que (aparentemente) esse seria um lançamento conjunto entre Panini-Brasil / Editora Salvat. Bom... Resolvido esse mistério (pelo menos à princípio) veio outra decepção. Ninguém sabe dar informações claras sobre onde essa coleção será distribuida, se em bancas, quais cidades seriam contempladas, se o material poderia ser adquirido ou não pela internet, se seria enviado à grandes livrarias para comercializa-lo (Livraria Cultura entre outras grandes livrarias por exemplo)... Ou seja, percebe-se uma total falta de respeito com um público que se não fosse por ele, essas editoras nem existiriam no Brasil. Infelizmente o que temos é: cada um por sí! Cada um deve tentar correr atrás de jornaleiros, livrarias e sei mais o que, para saber se a coleção virá ou não para sua praça. Além do desrespeito óbvio pelo cliente, atitudes como essa apenas permitem o aparecimento de um fértil terreno para a venda do material fora dos fluxos convencionais de compra. Ou seja, o material começará a aparecer em sites como Mercado Livre à preços absurdos.


 O leitor sabe que às vezes uma coleção é lançada de forma setorizada até mesmo para a editora ter uma ideia do sucesso ou não do material e assim programar um lançamento maior. Porém, a falta de informação é tão aviltante que eu ouso dizer que a raiva que os colecionadores sentem já é de cara um estímulo para o projeto naufragar. Algo que tinha tudo para fazer sucesso em um país como o nosso que passa por um interessante momento econômico (apesar de tudo que sabemos a respeito de inflação e tudo mais) e que possui um mercado super aquecido para o colecionismo acabará morrendo na praia. E eu não estou sendo pessimista, apenas estou dizendo o que eu como leitor e consumidor sinto. As sagas presentes nessa coleção são extremamentes interessantes e poderiam suprir a necessidade que muitos possuem, não apenas para completar suas coleções, mas também para que novos leitores entrassem em contato com histórias que apenas ouvem falar, mas na veradde nunca leram. O potencial que algo assim possui para conquistar novos leitores é muito grande. Porém a editora prefere tratar o material como algo sem importância nenhuma.


Em contato que fiz há pouco com uma das maiores e mais bem antenadas comic shops de São Paulo, a Comix, eles apenas me confirmaram o que eu já sabia. Ninguém sabe de nada e eles tem quase certeza que São Paulo não receberá o material, e que cada um deve se f%$#@ à procura dos volumes junto à vendedores informais, jornaleiros, bancas e quiçá livrarias. Bom amigos... Esse é o panorama que se apresenta à todos nós. Uma falta de profissionalismo e respeito com todos.


Caso você tenha alguma informação ou um maior esclarecimento sobre essa malfadada empreitada, ou mesmo queira apenas expressar o seu profundo descontentamento por ser tratado como "lixo" como eu me sinto, deixe seu comentário.


É por essas e outras que percebo que o "gargalo" de nosso país não é apenas de infra-estrutura, é também de "Boa Vontade", "Profissionalismo" e "Respeito" para com as pessoas. Tais valores são internos e pessoais, ou seja, milhões de reais não adiantarão muita coisa se o ser humano por trás de tudo não tiver uma atitude diferente diante de seu semelhante e de sí mesmo.


Eu já conhecia os atrasos, falta de informação, entregas erradas e o pífio serviço de assinaturas da Panini, porém a Editora Salvat eu mal havia ouvido falar dela. Pois mando um recado para seus executivos (que provavelmente nem se importarão com ele): vocês perderam uma grande oportunidade, pois quando a maioria das editoras de um país, no ramo de quadrinhos, trata como "escória" seu público, o aparecimento de uma nova empresa com uma tratativa nova e diferente cairia rapidamente no gosto dos leitores. E uma coisa eu digo para vocês burocratas editoriais: a fidelização de um cliente é algo duradouro e às vezes até permanente. Meus pêsames à vocês.


Fica aqui meu protesto e minha indignação por tamanha falta de visão, respeito e sensibilidade ao mercado editorial. Falo isso publicamente, mas com pouca esperança que vocês mudem, pois mesmo que vocês leiam meus comentários creio que nem se dignarão a responder. Eu ia chama-los de "capitalistas", mas nem isso se aplica, pois o "capitalista", mesmo o selvagem, saberia ver essa oportunidade que vocês estão deixando passar.


Aos amigos do Blog peço desculpas por terem que ler tais palavras de indignação, espero não ter comprometido o dia de vocês. Abraço à todos!

sábado, 13 de abril de 2013

Miniatura Marvel 19 - Justiceiro

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Vítima de uma tragédia atroz, Frank Castle é o fuzileiro naval norte-americano que teve sua família assassinada pela máfia. Durante um pique-nique em um parque, Frank, esposa e filhos (Lisa e Frank) testemunharam a execução de uma pessoa pelas mãos de mafiosos. Para que não houvesse testemunhas desse ato os bandidos assassinaram a família de Castle. Esse, no entanto conseguiu sobreviver. Em fevereiro de 1974, quando o Justiceiro apareceu pela primeira vez na revista Amazing Spider-Man Nº 129 parecia que ele seria mais um coadjuvante nas histórias de alguns "medalhões" da Marvel. Essa provou ser uma afirmação completamente incorreta. Nos anos seguintes o Justiceiro se tornaria um personagem de sucesso imitado exaustivamente no cinema e em diversas mídias.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Frank Castle (originalmente Castiglione) é de ascendência italiana e nasceu no Bairro do Queens em Nova York. Antes da tragédia se abater sobre sua vida, Castle lutou na guerra do Vietnã e lá já demonstrava índole violenta e a presença de um senso de justiça muitas vezes distorcido. Ao voltar da guerra Frank teria a chance de ser um homem comum não fosse pela tragédia acima descrita. Isso detonou dentro dele a selvageria que estivera incontida em seu interior. A partir da morte de sua família ele passaria à caçar e executar todo e qualquer crimonoso que, à seu julgamento, merecesse a morte. Extremamente treinado e versado nos mais variados instrumentos de combate o Justiceiro se tornaria no flagelo das ruas.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Um dos grandes debates que o personagem suscitou ao longo de suas histórias foi a legitimidade ou não de justiceiros agirem sozinhos dentro de sociedades sabidamente violentas. O debate é complexo e o personagem encarna todo esse dilema, uma vez que muitos cidadãos, ante as atrocidades hoje presenciadas, apoiariam sem sombra de dúvida indivíduos como o Justiceiro. Outros, porém diriam que a simples existência de pessoas como ele serviria como ameaça à própria sociedade de bem.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Outra questão que o personagem levanta é se realmente seria possível à alguém que vivenciou, esteve imerso, e de certa se viciou na ultra-violência de uma guerra, viver novamente como um cidadão comum. Rodrigo Pimentel (autor do Livro "Tropa de Elite") comenta que há pontos de "não-retorno" para policiais e soldados. Esse seria talvez o grande problema de oficiais que se brutalizam no combate ao crime. A deformidade no caráter e a transformação interior impediriam a vida normal novamente.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Frank Castle poderia ter atingido esse ponto de "não-retorno" inclusive antes da morte de sua família. O fato é que o personagem cativou um imenso público ao longo de sua existência. Protagonizando histórias de violência e integrando um segmento mais adulto do Universo Marvel, o Justiceiro representa o lado negro de outros heróis que, ao contrário de Frank Castle, não perderam a "ternura" apesar de terem se "endurecido" com as batalhas travadas. Atuando sob uma ótica totalmente individual, o Justiceiro não pode ser parado por qualquer argumento que não seja aquele no qual ele acredita, não escutando ninguém, exceto uma pessoa!

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

Uma das sequências mais emblemáticas dos quadrinhos (em minha opinião) foi aquela em que o Justiceiro executa um Super-Herói que havia apoiado a Lei de Registro de Super-Humanos proposta pelo governo norte-americano. O Capitão América na época havia organizado uma resistência em oposição à essa lei. Frank Castle, apresenta o cadáver que acabara de matar ao Capitão e esse, por sua vez, perde o controle ao ver a mente doentia do Justiceiro e como alguém poderia deformar o senso de justiça sobre o qual ele sempre se pautou. O Capitão começa espancar Castle que literalmente não reage! Estávamos diante do único homem que Frank respeitava: Steve Rogers. A sequência é incrível porque demonstra que dentro do Justiceiro há, em algum lugar, um ideal limpo, puro e que ele de certa forma almeja, representado na pessoa do Capitão América. Steve Rogers conseguira preservar dentro de sí elementos que lhe permitiram viver a dor, a insanidade e o horror dos campos de batalhas sem, no entanto, ser consumido e tragado pela loucura da maldade humana.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

A sequência acima descrita está presente na saga "Guerra Civil". Momentos como esse nos lembram quão profundos, ricos e ambíguos os heróis podem ser. Essa, aliás, é uma das explicações para a atração de tantos pelos Quadrinhos de Heróis, ou seja, a possibilidade de identificarmos dramas e dilemas que nós também vivemos, porém em um ambiente controlado e à principio de fantasia. O Justiceiro é sem dúvida um dos grandes anti-heróis da Marvel, tendo raiva e violência incontidas que rivalizam com a de outros personagens virulentos, dentre os quais podemos destacar Wolverine.

Miniatura Marvel Nº 19 - Justiceiro

O Universo dos Super-Heróis, felizmente, ou infelizmente (não consigo chegar à uma conclusão sobre isso) tem como uma de suas premissas a imutabilidade de alguns conceitos primários de seus heróis. Isso é razoável se pensarmos que as editoras querem preservar a fórmula de sucesso do personagem. Fórmula essa que está intimamente ligada à origem e ao "mote" principal do herói ou vilão. No entanto, isso faz com que se esgote, após décadas, os temas e histórias ao redor deste indivíduo "imutável" em suas motivações. Acredito, porém que um bom roteirista sempre conseguirá inserir tal personagem (apesar de suas manjadas motivações) em boas histórias.

A miniatura do Justiceiro é bem interessante porque apresenta o personagem na sua crueza. Suas roupas em tons monocromáticos fazem acertada alusão às suas regras, ou seja, "tudo ou nada", "culpado ou inocente", "vida ou morte". O detalhe das armas e dos acessórios presentes na calça militar também são um destaque na minha opinião.

Bom amigos é isso aí. Um grande abraço à todos!

sábado, 6 de abril de 2013

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

O Nº 08 da Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil traz o conhecido Fiat 147. Primeiro carro movido à alcool produzido em série no Brasil, o Fiat 147 foi construído especialmente para o mercado brasileiro para marcar a chegada da FIAT em nosso país pouco depois da metade da década de 70. Apostando em um carro desprovido de luxo, mas com um design moderno para época, a FIAT tentou combinar (com sucesso) alguns anseios da sociedade brasileira, produzindo um modelo que trazia os conceitos de "pequeno por fora, grande por dentro" e "motor econômico, porém com bom desempenho". Abaixo veremos algumas curiosidades e características deste carro que se tornou "figurinha fácil" nas estradas brasileiras no final da década de 70 e ao longo da década de 80.

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

Chegando no Brasil apenas em 1976 (23 anos após a Volkswagen) a Fiat queria se estabelecer em nosso país a partir de um modelo que marcasse época. Embora o Brasil já possuisse alguns carros da Fiat rodando por aí, como o Milicento e o 500B (apelidado de Fiat Pulga, um carro bem charmoso por sinal), a montadora Italiana ainda não tinha se estabelecido por aqui. A aposta foi grande, pois o lugar escolhido para a construção da fábrica foi Minas Gerais, ou seja, fora do parque industrial automotivo de São Paulo. O Fiat 147 foi projetado a partir do Fiat 127 de 1971. Na verdade os dois eram basicamente o mesmo carro, com apenas algumas diferenças no estilo e na mecânica, sendo que nesse último quesito o 147 se sobressaía com um motor mais "nervoso", o que conferiu-lhe desempenho superior aos seus concorrentes da época, o Volkswagen Sedan (Fusca) 1300 e o Chevette 1400.

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

Outra vantagem era o pequeno consumo de combustível do Fiat 147, chegando a fazer 16km/litro. O slogan da Fiat por ocasião do lançamento era bem interessante: "Enfim, um carrão pequeno!". E isso era realmente verdade, uma vez que seu espaço interno era maior que o do Fusca 1300. Nos primeiros 12 meses de fabricação foram vendidas nada menos que 64.000 unidades. Algumas características o diferenciavam de outros modelos da época, dentre elas o uso de pneus radiais, contra a maioria dos carros que usavam pneus diagonais, a inserção do estepe em posição horizontal dentro do compartimento do motor, deixando espaço para mais bagagem no porta-malas (hoje no entanto, esse tipo de acondicionamento do estepe seria proibido). O uso do vidro parabrisas "temperado" no 147 foi outra novidade, o que evitava que qualquer "pedrinha" quebrasse completamente o vidro.

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

A simplicidade do Fiat 147 foi bem recebida por muitos, porém também foi rechaçada por outros que reclamavam da falta de sofisticação. As versões iniciais eram o Fiat 147 "L" e o "GL". O design fez sucesso principalmente entre os jovens, pois insinuava que o prático também poderia trazer algum charme. Nem tudo eram "flores" no Fiat 147, quem viveu a época sabe. Um câmbio difícil de engatar, um volante muito horizontal que dava uma estranha sensação ao guiar, a vibração do motor que era repassada para a carroceria e um pedal de embreagem que costumava "enforcar", ou seja, se auto-acionava, estavam entre as características ruins. A Fiat foi tentando corrigir tais aspectos ao longo dos anos, porém na época outros carros concorrentes do Fiat já haviam lidado com tudo isso, caso do Fusca 1300, Chevette e Brasília.

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

O ano de 1978 trouxe inovações marcantes para o 147 como, motor mais potente, acabamento mais luxuoso e visual bem mais esportivo. O modelo de 1979 foi então o 1º carro à álcool de produção nacional. O ano de 1980 trouxe outras mudanças, como capô mais inclinado (ajudando na aerodinâmica) e para-choques de polipropileno. Já em 1983 duas outras novidades, a primeira era a chegada da versão "Spazio" do 147 e a segunda novidade seria a chegada de um carro que viria substituir do 147, nada menos que o "Fiat UNO"! Era o início do fim do 147.

Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil - Fiat 147 (1979)

O Fiat UNO era basicamente o mesmo Fiat 147 em sua essência, e teve outra grande história de sucesso em nosso país. Além disso, vale mencionar outros "Filhotes" que o 147 deixou no mercado nacional, dentre eles: o 147 Pick-up, a Perua Panorama e o Fiat Oggi. Em 1986 o 147 deixou de ser produzido após 10 anos no mercado nacional. Nesse mesmo ano o Brasil veria desaparecer outro ícone, o "Fusca", que na época tinha motor 1600.



Abaixo seguem as tradicionais características do veículo!


Nessa postagem resolví colocar algumas imagens (abaixo) para elucidar melhor alguns pontos do texto acima. Sendo assim espero que gostem!

Precurssores do Fiat 147

Fiat Topolino 500B

O Fiat 500B - 1957

O Fiat 127 - 1972

Fiat Millecento

Por fim, alguns aspectos marcantes do Modelo Fiat 147 (1979)

Observar o estepe sendo guardado ao lado do motor e a posição do volante

Abaixo um dos Filhotes do Fiat 147, o Fiat Oggi

 Bom amigos... É isso aí! Abc. à todos!!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...